Oswaldo dá sua versão sobre discussão com Ganso, que nega: "Deixa quieto"
O técnico Oswaldo de Oliveira tentou se mostrar mais equilibrado durante a entrevista coletiva após a forte discussão com Ganso, durante o empate em 1 a 1 entre Fluminense e Santos. Admitindo que ele e seu comandado passaram dos limites, falou em desrespeito à hierarquia, mas garantiu que aparou as arestas com o meia.
"O Fluminense vive um momento muito especial. Muita tensão. Muitas coisas passadas voltam e todos nós, que se envolvem com a camisa do Fluminense, vivemos um momento muito difícil, intenso. Às vezes os ânimos passam dos limites, como acabou acontecendo hoje. De antemão, está tudo resolvido. Entre eu e o jogador, está tudo certo. Natural que numa circunstância adversa haja desentendimento, só que eu não desrespeito ninguém. Principalmente nenhum superior meu. Respeito a hierarquia. No momento que eu fui desrespeitado, tomei a atitude que achei que tinha tomar. A hostilidade ali passou do limite", disse.
Em seguida, o treinador detalhou o que aconteceu para iniciar o grande bate-boca, com direito a xingamentos e integrantes da comissão técnica precisando separá-los:
"Eu pedi para ele voltar para fazer a marcação. Ele respondeu um palavrão. E aí eu tirei ele do jogo. Foi isso que aconteceu. Só vou reforçar o seguinte: eu tenho a reação que acho que tenho que ter diante de qualquer circunstância. Se eu achar que as coisas estão acontecendo de uma maneira, reagirei à mesma altura. Não tem mágoa com o Ganso, de jeito nenhum. Jogador de futebol também tem direito de se expressar".
Ao mesmo tempo, Paulo Henrique Ganso falava na zona mista. Sem entrar em detalhes sobre o que aconteceu, o camisa 10 do Fluminense negou a história.
"Não, não foi nada disso. Deixa quieto", disse, completando que a briga estava resolvida: "Futebol é isso. Se não puder ter discussão, não é futebol. É todo mundo querendo ajudar o Fluminense. Tudo tranquilo já. O pensamento total agora já é na equipe do Grêmio".
Oswaldo de Oliveira também deu a sua versão sobre o que aconteceu quando ele encontrou com Ganso no vestiário após a partida.
"Eu tomei a inciativa na frente de todo mundo, dei um abraço nele e falei que essas coisas se resolvem assim", disse.
Ao falar sobre o jogo, o técnico afirmou acreditar que o Tricolor resolveu seu grande problema no empate contra o Santos, deixando as rusgas da noite em outra página. Para Oswaldo, foi a melhor atuação do Fluminense em toda a competição.
"O maior problema o Fluminense resolveu hoje. Jogou com garra, brigou até o final. É inadmissível que essa situação (com o Ganso) aconteça isso na melhor partida do Fluminense no campeonato, com dois homens a menos, segurando o empate contra um grande time".
Questionado se o elenco está "fechado" com Oswaldo de Oliveira e se o treinador reúne condições de se manter no cargo, Ganso se esquivou.
"O trabalho segue. Está todo mundo incomodado com a situação, com a mesma pontuação de equipes da zona, como CSA e Cruzeiro. E a gente tem que trabalhar junto para tirar o Fluminense dessa situação. Está todo mundo querendo sair dessa situação incômoda. Eu procuro fazer meu trabalho, quem tem que decidir sobre permanência do Oswaldo ou não é o Mario (Bittencourt, presidente) e o Celso (Barros, vice geral)", declarou.
Oswaldo, por outro lado, elogiou Ganso, creditando suas constantes substituições a uma queda de ritmo do jogador na segunda etapa.
"Claro que o Ganso encaixa. Ele é um jogador de qualidade muito grande. Em determinado momento do jogo ele cansa, perde um pouquinho a frequência do jogo. Eu não tiraria ele contra o Corinthians na Sul-Americana lá, ele que pediu para sair. Contra o Fortaleza ele não saiu, contra o Corinthians em Brasília, eu tirei ele no finalzinho. É algo normal, substituição de jogador tem que acontecer".
Com 19 pontos, o Fluminense deixou a zona de rebaixamento e é o 16º colocado do Campeonato Brasileiro. No domingo, às 16h, o Tricolor recebe o Grêmio no Maracanã.
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