Comentaristas de arbitragem divergem sobre anulação de gol do Palmeiras
A anulação do gol do Bruno Henrique, por conta de um toque de mão de Willian, no empate entre Palmeiras e Internacional, em 1 a 1, pelo Campeonato Brasileiro, não foi unanimidade entre os comentaristas de arbitragem. Enquanto Paulo César de Oliveira, presente na transmissão da Globo, e Renata Ruel, da ESPN, concordaram com a decisão do árbitro Bráulio da Silva Machado, Carlos Eugênio Simon, do Fox Sports, confirmaria o tento alviverde.
"Lance de dificuldade. Temos que buscar o melhor ângulo, porque, de acordo com a regra, se a bola bater na mão, mesmo sem intenção, tem que parar a jogada", disse o Paulo César enquanto o lance era revisado.
"O árbitro foi bem no jogo até o lance polêmico. Primeiro, a bola bate na mão do zagueiro do Internacional e, na sequência, no braço do Willian. Ele não pode dar vantagem porque, mesmo o toque sendo involuntário, ele precisa marcar. Portanto, o gol foi bem anulado. Ele até poderia marcar a primeira infração do Internacional. A vantagem e o gol, ele não pode dar porque teve a irregularidade do Willian", analisou.
A comentarista da ESPN, Renata Ruel, também concordou com a anulação do gol alviverde. Presente no Sportscenter, ela afirmou que, mesmo sem intenção, o toque de mão do atacante do Verdão deve ser marcado. No entanto, Ruel defendeu a marcação da falta sobre Willian, já que não houve vantagem para o vice-líder do Brasileirão.
"Se o toque de mão gerar um ataque promissor, uma oportunidade clara de gol, mesmo que acidentalmente, essa mão deve ser marcada. O árbitro tem que ser chamado (pelo VAR) e revisar. Agora, o árbitro aplica a vantagem, ou seja, para ele houve uma falta e, como ele vê a vantagem, ele dá. Mas, se ele (árbitro) aplica a vantagem e ela não ocorre, ele poderia ter voltado e marcado a falta a favor do Palmeiras", disse.
Já Carlos Eugênio Simon, comentarista do Fox Sports, confirmaria o gol do capitão alviverde. Presente no Rodada Fox deste domingo, o ex-árbitro classificou com 'tremenda injustiça' a anulação do tento de Bruno Henrique, já que, segundo ele, a bola só toca no braço de Willian porque o atacante sofreu a falta.
"O Klaus faz uma falta no Willian Bigode com o braço esquerdo por cima do jogador do Palmeiras. Ele pega a bola e joga de encontro à mão do Willian. A regra é embasada na igualdade e ela nunca pode beneficiar o infrator. Eu considero gol legal. Quem toca a bola de encontro é o próprio Klaus. É uma tremenda injustiça tu anular um gol. Essa bola só foi dividida no braço porque ele sofreu a falta. Se ele não sofre a falta, tanto é que o árbitro deu a lei da vantagem, a bola pegaria no peito, no pé, e aí faria o gol do Palmeiras", argumentou Simon.
"Esse suposto toque, o árbitro acabou marcando de acordo com uma determinação de que, se toca na mão do atacante, anula o gol. Uma coisa é tocar na mão do atacante deliberadamente, dele ter vantagem, outra coisa é ele, que está de posse da bola, sofrer uma carga. Eu parto do principio que a regra nunca pode beneficiar o infrator que, no caso, foi o Klaus. Uma tremenda injustiça. É uma questão para ser levantada para a Fifa, porque não é possível anular um gol como o de hoje no Beira-Rio a favor da equipe do Palmeiras", completou.
Com o empate, o Palmeiras manteve os três pontos de diferença em relação ao líder Flamengo. Na sequência do Brasileirão, o time de Mano Menezes encara o Atlético-MG, no domingo (2), às 16h.
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