São Paulo de Diniz simplifica e sobrevive a teste que poderia ser enrascada
Se o bom treinador de futebol é aquele que se adapta às circunstâncias, Fernando Diniz deu um cartão de visitas honrado na noite de ontem, em sua estreia pelo São Paulo. O Tricolor fez o que foi necessário para sobreviver ao Flamengo no Maracanã, empatou por 0 a 0 e arrancou ponto importante, que ninguém mais tem no Brasileirão.
Mas a jornada até o apito final foi árdua: teve troca de técnicos, saída de um coordenador de futebol e viagem ao Rio de Janeiro com um único treino com Diniz. Por tudo isso a postura aguerrida do time e a defesa inexpugnável merecem mais destaque do que a fraca produção ofensiva (apenas um chute a gol). De modo geral, o São Paulo apenas sobreviveu. E já foi valoroso.
"Fizemos o jogo que precisávamos fazer, uma partida corajosa. Nosso time ficou seguro e foi muito guerreiro para conseguir o empate"
Fernando Diniz
São Paulo ainda sem a cara de Diniz
O Tricolor naturalmente ainda não teve muita coisa de Fernando Diniz: manteve esquema tático usual, não valorizou tanto a bola e apenas raramente se arriscou a marcar adiantado. As saídas de bola curtas não duraram nem dez minutos, após um susto inicial, e as dificuldades basicamente foram equilibradas pela vontade. Foram 17 desarmes são-paulinos, 30 cortes e 27 faltas.
Defesa faz jogo (quase) perfeito
Ontem Tiago Volpi foi mais uma vez o melhor do São Paulo, com oito defesas. À frente dele, Arboleda e Bruno Alves fizeram jogo de grande destaque, combinando para 17 cortes, três chutes travados e outras três interceptações. O único porém na atuação defensiva foi uma tentativa de troca de passes curtos, em que o zagueiro equatoriano quase entregou.
A hora e a vez de Juanfran?
O espanhol ainda não conta com suas melhores condições físicas, mas já soma jogos importantes contra dois dos melhores pontas do Brasil: Everton, do Grêmio; e agora Bruno Henrique, do Flamengo. Juanfran não sofreu um drible sequer, fechou todo o espaço no lado direito e teve atuação muito segura. Agora sob comando de um técnico que valoriza o "estilo europeu", o lateral pode decolar.
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