Oswaldo fala de briga com Ganso: "Não houve pedido de desculpas"
Oswaldo de Oliveira falou sobre seu desentendimento com o jogador Paulo Henrique Ganso, durante a partida entre Fluminense e Santos, na quinta-feira (26), pelo Campeonato Brasileiro, que resultou em sua demissão. O treinador disse que tentou resolver a situação depois do jogo, mas não houve um pedido de desculpas do jogador.
"Chamei o PH e pedi um abraço. Precisávamos colocar o clube acima disso. Deixar nossas vaidades e orgulho de lado. Chamei atenção pela situação. Houve uma aceitação geral, todos concordaram que precisávamos estar focados no objetivo final. Não aconteceu (o pedido de desculpas). Ele aceitou o abraço, nós nos confraternizamos em nome da situação, mas não houve pedido de desculpas", declarou o ex-técnico do Fluminense para o SporTV.
Também ressaltou que a confusão começou depois de pedir posicionamento tático no jogo após o intervalo: "O jogador não me ofendeu porque o tirei do jogo. Eu tirei ele do jogo porque me ofendeu".
Ele também comentou a atitude do Fluminense em dar a faixa de capitão para o jogador, dois dias depois do ocorrido. "Para mim, é inexplicável. Os acontecimentos poderiam ser contornados e resolvidos ao longo do tempo, isso soa muito mal, não posso dizer que compreendo uma situação dessa. A condução da situação tinha que ter outro enredo".
Apesar de sair do cargo depois de apenas sete jogos, o treinador disse: "Não estou arrependido de ter assumido, mas as coisas não aconteceram como gostaria. Quando a gente assume uma equipe, nunca é porque as coisas estão indo bem. Sabia que ia ter problemas e adversidades. A situação era muita clara, com uma série de questões a serem resolvidas. Dos 11 titulares, 8 vão ter contratos encerrados no final do ano. Alguns já negociados, outros com esse peso de não saber o que vai acontecer num futuro próximo. Isso tira o foco dos jogadores".
Oswaldo também citou a posição difícil de ser técnico no Brasil. "Essa é a minha profissão, a que eu amo e a única que tenho. Estou há 44 anos trabalhando com futebol quase ininterruptamente. Ao longo desse tempo, todos vimos muita coisa mudar. Teve um momento que acreditamos que o nível intelectual do jogador tinha melhorado, final dos anos 90. De certa forma, o contrato, a lei, a forma como a jogador tem vínculo com o clube é um limitador. O clube fica refém".
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