Diretor Sérgio Nonato fala em "pacificar clube" e pede demissão do Cruzeiro
Sérgio Nonato deixou o cargo de diretor-geral do Cruzeiro. O dirigente entregou uma carta de renúncia na tarde desta sexta-feira (4). Serginho, como era conhecido, era um dos membros da atual cúpula celeste mais pressionados pela torcida, ao lado de Itair Machado, vice-presidente de futebol, e Wagner Pires, presidente do clube.
Serginho era membro da diretoria celeste desde o início da gestão de Wagner Pires de Sá, eleita no final de 2017 e que tomou posse no início de 2018. Ele era um dos homens de confiança do atual mandatário. A informação foi antecipada hoje pela Rádio Itatiaia e confirmada pelo UOL.
"Tomo essa ultima atitude, na busca de contribuir com a pacificação interna do nosso clube do coração. A paz e união são fundamentais para a nossa recuperação.
Nos meus mais de 40 anos vivendo dentro do Cruzeiro, sempre tive o sonho e objetivo de fazer o cabuloso ainda maior.
Abro mão do meu cargo, buscando com essa atitude, contribuir com o clima adequado aos nossos desafios. Que permita ao maior de Minas, se manter aonde ele sempre esteve, entre os maiores do mundo e na elite do futebol Brasileiro.
Destaco ao meu cargo, cabia a responsabilidade de atrair novas fontes de receita, nessa trajetória eu e minha equipe, colocamos o Cruzeiro como o clube com maior número de patrocinadores no Brasil.
Nunca participei de uma única negociação de jogador, venda, compra ou renovação de contrato. Deixo vários projetos consolidados que em breve serão colocados em prática e vão ajudar ao Cruzeiro a sair dessa crise financeira. Por fim agradeço ao presidente Wagner e espero que ele compreenda que essa atitude, é mais uma de lealdade ao presidente do Cruzeiro, a nossa torcida, aos conselheiros (todos), funcionários, atletas e todos que amam este clube. Tenho fé em DEUS, que vamos sair dessa.
Sérgio Cruzeiro Nonato", escreveu Serginho.
Serginho começou o atual mandato de Wagner Pires como diretor de comunicação do Cruzeiro, mas tornou-se diretor-geral ainda no ano passado. Em maio deste ano, ele teve seu nome envolvido nas denúncias de suspeita de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação de documentos. Em julho, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em sua residência, assim como nos domicílios de Wagner Pires e Itair Machado, além das sedes do Cruzeiro, da Máfia Azul, principal torcida organizada, e nos centros de treinamento da Toca da Raposa I e II. Desde então, Serginho passou a conviver com forte pressão nos bastidores e também dos torcedores para renunciar ao cargo no Cruzeiro.
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