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Como era o SPFC na última vez que Ceni encontrou a torcida tricolor em casa

Rogério Ceni, quando era técnico do São Paulo, com Luiz Araújo  - Marcello Zambrana/AGIF
Rogério Ceni, quando era técnico do São Paulo, com Luiz Araújo Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

05/10/2019 04h00

Muitas lembranças devem passar pela cabeça dos torcedores que forem acompanhar o jogo de hoje (5), a partir das 17h, no Pacaembu. Pela primeira vez, em mais de dois anos, Rogério Ceni, hoje técnico do Fortaleza e um dos maiores ídolos da história do São Paulo, vai reencontrar o seu ex-time na capital paulista. Nesse período, muita coisa mudou, mas as crises e o clima quente na política interna ainda dominam o clube do Morumbi.

A última partida em que o ex-goleiro dirigiu o Tricolor paulista diante de sua torcida foi no dia 25 de junho de 2017, no Morumbi, no empate por 1 a 1 com o Fluminense. Os gols tinham sido marcados por Jucilei, para os paulistanos, e por Wendel, pelos cariocas. Na porta do estádio, parte do público foi protestar pelos resultados negativos da equipe, que brigava para se afastar das últimas posições na tabela de classificação do Brasileirão.

Depois disso, o São Paulo trocou de treinador mais algumas vezes e viu outras manifestações contra o time. Substituto de Ceni, Dorival Júnior ficou no cargo até março de 2018, quando caiu após clássico com o Palmeiras. Diego Aguirre passou a ocupar a vaga e também perdeu o emprego antes do término do Nacional do ano passado.

André Jardine virou o responsável por dirigir o time na reta final do torneio. No início deste ano, ele também deixou o clube pouco depois de ser eliminado na Pré-Libertadores. No Paulistão, como Cuca estava de licença médica, o então coordenador técnico Vagner Mancini conduziu a equipe até o primeiro jogo da semifinal, com o Palmeiras. Cuca treinou o time no segundo duelo com o Alviverde e na decisão com o Corinthians, quando o time perdeu o título. Sem conseguir engatar uma boa sequência no Brasileirão, Cuca pediu demissão após derrota em casa para o Goiás e Fernando Diniz foi contratado.

No elenco, também sobraram mudanças. Do time de Ceni que empatou com o Fluminense em 2017, apenas Jucilei permanece no Morumbi como jogador. Vale destacar que o volante só foi reintegrado ao Tricolor paulista nesta semana e treina em horários alternativos ao restante do elenco. Ele fora liberado pelo departamento de futebol durante a pausa no Nacional para a disputa da Copa América para buscar um outro time para defender.

Na política interna, apesar de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, permanecer como o presidente, muita coisa mudou. Outro ídolo do clube, Diego Lugano se aposentou ao fim de 2017 e passou a ser superintendente de relações institucionais do clube já no ano seguinte.

O futebol deixou de ser dirigido por Vinícius Pinotti no fim de 2017. Raí foi o escolhido para o posto. O ex-jogador contou com o ex-zagueiro Ricardo Rocha como coordenador de futebol até o encerramento do Brasileiro de 2018, neste ano Mancini virou o responsável pelo cargo.

O Tricolor neste período até teve alguns momentos positivos, como quando fechou o primeiro turno do Nacional de 2018 na liderança e na decisão do Estadual de 2019. O retorno de Hernanes e a contratação de Daniel Alves também representaram duas vitórias para o clube, que passou a ser visto como dono de um dos elencos mais fortes do país. Mas a falta de títulos, as disputas políticas e a inconstância dentro de campo pesaram e geraram críticas externas.

E assim, com tantas mudanças de personagens, mas ainda em busca de estabilidade, o Tricolor vai reencontrar um dos seus maiores ídolos.

Ficha técnica

Data: 5 de outubro de 2019, sábado
Horário: 17 horas (de Brasília)
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Competição: Campeonato Brasileiro, 23ª rodada
Árbitro: Diego Pombo Lopez (BA)
Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos e Elicarlos Franco de Oliveira (ambos da BA)
VAR: Rodrigo D'Alonso Ferreira (SC)

São Paulo: Tiago Volpi; Juanfran, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Luan (Liziero), Tchê Tchê, Hernanes e Daniel Alves; Antony e Pablo. Técnico: Fernando Diniz.

Fortaleza: Marcelo Boeck; Tinga, Quintero, Jackson e Carlinhos; Felipe e Juninho; André Luís (Romarinho ou Felipe Pires), Edinho, Osvaldo e Wellington Paulista. Técnico: Rogério Ceni

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