Fluminense segura empate com o Cruzeiro, que segue na zona de rebaixamento
O Cruzeiro bem que tentou, martelou, pressionou e foi melhor em campo, mas o Fluminense segurou o empate do jeito que deu e manteve cinco pontos de diferença para o rival após jogo sem gols no Mineirão. O time comandado por Abel Braga teve as melhores chances do jogo e um gol anulado pelo VAR, mas não foi o suficiente para vencer.
A igualdade mantém a equipe celeste em 18º lugar do Campeonato Brasileiro, com 21 pontos. Com 26, o Flu é o 15º colocado, e mantém sequência invicta de quatro partidas - três sob o comando de Marcão, efetivado no comando do Tricolor.
Muriel salva o Flu mais uma vez
Em jogo apagado da equipe tricolor, o goleiro Muriel mais uma vez foi o destaque. Se não foi lá tão acionado desta vez, correspondeu nas jogadas em que precisou, e ajudou o Fluminense a segurar o placar de 0 a 0. A trave e até o VAR também tiveram sua parcela de colaboração com o resultado.
No coração, Dedé "anula" ataque tricolor
Sem condições físicas e com dores, Dedé esteve longe de brilhar, mas mesmo assim foi um ponto de segurança em um Cruzeiro que viu a bola queimar no pé pela grande pressão sofrida na tabela. O jogador não deu chances para Yony González e João Pedro, vencendo a maioria das disputas.
Discussão, cartão e erros: Ganso joga mal no Mineirão
Referência do Fluminense, o meia Paulo Henrique Ganso não repetiu suas melhores atuações contra o Cruzeiro. Lento, o camisa 10 contrastou com o ritmo intenso da partida "de seis pontos". O jogador foi mais visto nas confusões: discutiu com Fred - foi agredido pelo camisa 9 cruzeirense - e até com João Pedro no primeiro tempo. Na segunda etapa, errou passes e tomou cartão amarelo, que o tira do jogo contra o Bahia, no sábado (12), às 19h, no Maracanã.
Robinho fica sobrecarregado e prejudica atacantes
A estratégia de Abel de entrar com Sassá e Fred juntos tirou uma opção no setor criativo do Cruzeiro. Robinho foi o maior responsável pela organização das jogadas, mas não deu conta do recado. Sozinho, errou muitos passes e teve pouca inspiração no meio, tornando as jogadas por terra praticamente inofensivas. Apesar das duas referências na grande área, ele não conseguiu fazer a bola chegar aos atacantes.
Fred segue sem marcar e sem vencer o Fluminense
Antes mesmo de a bola rolar o camisa 9 já era personagem da partida. Enfrentando o clube pelo qual virou ídolo, o centroavante não costuma levar sorte: são nove partidas, ainda sem vencer. E sem balançar as redes, ainda que desta vez tenha marcado de cabeça e visto o gol ser anulado pelo VAR, em decisão polêmica. Um cartão amarelo em soco em Ganso foi revisado também pelo árbitro de vídeo, que decidiu por não expulsar o jogador.
O jogo
Pressionando a saída de bola do Flu na marcação, o Cruzeiro começou a partida em intensidade alta. Sem Allan, que costuma ser o homem da construção, o Tricolor se complicou para começar as jogadas, e precisou recorrer a chutões. Os outros desfalques, claro, também atrapalhavam o time, um pouco desentrosado para a troca de passes.
Melhor, a equipe celeste finalizou sete vezes logo nos primeiros 20 minutos, fruto da escalação ofensiva de Abel Braga. O Fluminense incomodava apenas em bolas paradas, como na cabeçada de João Pedro, aos 22, a primeira chance clara da equipe de Marcão na partida. Depois do ímpeto inicial, entretanto, o Tricolor conseguiu colocar a bola no chão, aumentar a posse de bola e equilibrar o jogo. Fábio, entretanto, foi mero espectador na primeira etapa, que terminou com marcação confusa, mas acertada do árbitro de vídeo ao anular cartão vermelho exagerado para Yuri em atrito com Jadson.
Uma bomba de Edílson no travessão, no primeiro minuto do segundo tempo, foi o prenúncio de um Cruzeiro que parecia querer mais a vitória que os visitantes. Aos seis, Fred balançou as redes, mas o VAR, em decisão polêmica, anulou o gol por uma falta de Robinho em Gilberto na origem da jogada.
E o time de Abel, meio sem jeito, sem forma e sem criatividade, seguiu pressionando, com a força da torcida que levava bom público ao Mineirão. Já o Tricolor se defendia como podia, aceitava a pressão e gastava o tempo quando tinha a bola. Os contra-ataques eram poucos, em parte pela lentidão de Ganso, mas também pelas partidas apagadas de Yony, Nenê e João Pedro. Após os 25 minutos, o Tricolor melhorou um pouco e passou a controlar a partida. As entradas de Dodi e Julião melhoraram o lado esquerdo da equipe, dando mais segurança ao time.
Segue o jogo!
O estilo de Jean Pierre Gonçalves de Lima, árbitro do Rio Grande do Sul, é conhecido: o juiz deixa o jogo correr sem interrupções desnecessárias. Se o tempo de bola rolando aumenta (foram mais de 70% em toda a partida, dados do Sofascore), alguns erros e leniências irritam os jogadores. As medidas permissivas, entretanto, contrastaram com a demora e confusão com o VAR no fim do primeiro tempo, quando o vermelho dado a Yuri por um atrito com Jadson foi bem anulado e virou apenas cartão amarelo, além da polêmica anulação do gol de Fred.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 0x0 FLUMINENSE
Motivo: 24ª rodada do Brasileirão
Data/Hora: 09/10/2019, às 21h30 (de Brasília)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima (RS)
Assistentes: Leirson Peng Martins (RS) e Michael Stanislau (RS)
VAR: Jonathan Benkenstein Pinheiro (RS)
GOLS: - - -
Cartões amarelos: Fred, Robinho, Egídio, Edilson (CRU), Yuri, Ganso, Dodi (FLU)
Cartão vermelho: Não teve.
Público/Renda: 31.995 pagantes/38.133 presentes/R$374.558,00
CRUZEIRO: Fábio; Edilson, Dedé, Fabrício Bruno e Egídio; Henrique, Jadson, Robinho (Mauricio) e David (Marquinhos Gabriel); Sassá (Vinícius Popó) e Fred. Técnico: Abel Braga.
FLUMINENSE: Muriel; Gilberto, Nino, Frazan e Orinho (Igor Julião); Yuri, Daniel (Dodi) e Ganso (Ewandro); Nenê, Yony González e João Pedro. Técnico: Marcão.
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