Jornal: Roberto Carlos se arrepende após revelar bastidores dos galácticos
O ex-lateral Roberto Carlos não gostou muito da repercussão de sua entrevista ao ex-goleiro português Vítor Baía na última semana. Após falar abertamente sobre os bastidores do elenco do Real Madrid que ficou conhecido como "galácticos", o brasileiro se arrependeu das declarações. A informação é do jornal El Confidencial.
Segundo a publicação, Roberto Carlos ficou "dolorido" ao ver a força que as palavras ganharam. O ex-jogador acredita que a entrevista pode confundir torcedores que admiraram as estrelas merengues daquela época, como Zinedine Zidane, David Beckham e Ronaldo Fenômeno. Além disso, existe a preocupação de que os próprios ex-companheiros fiquem tristes com o que foi dito.
Na conversa com Vítor Baía, o ex-lateral deu detalhes sobre a força dos "galácticos" nos bastidores do clube. Ele chegou a dizer que Vanderlei Luxemburgo, que comandou o clube espanhol na metade dos anos 2000, teve problemas no cargo após tirar a cerveja e o vinho dos atletas na concentração.
"O Vanderlei Luxemburgo ficou seis meses no Real Madrid. No segundo jogo da Liga, tínhamos o costume de chegar na concentração, deixar as malas no quarto e, antes do jantar, tomar nossa cervejinha e nosso vinho. E sempre em cima da mesa tinha o vinho, duas garrafas em cada mesa. Eu e o Ronaldo chegamos no professor e falamos: 'Temos uns costumes aqui e você vai ver, mas tenta não mudar. Não tira o vinho da mesa e os 20 minutos da cerveja antes do jantar porque senão vai ter problema'", disse.
"Aí o que ele fez? Tirou primeiro a cerveja e depois as garrafas de vinho. Demorou três meses porque o mundo do futebol é pequeno, as notícias chegaram na diretoria e tchau. Era nosso ambiente de vestiário", continuou.
Roberto Carlos ainda revelou que "fazia muita besteira". Segundo o ex-jogador, o único treinador que entendeu perfeitamente o grupo foi Vicente Del Bosque.
"Hoje eu fico pensando como a gente fazia tanta besteira. Acabava o jogo, era só voo privado. Nos encontrávamos na área privada do aeroporto. Era Beckham que ia não sei para onde, o Figo, Zidane, Ronaldo, eu, Casillas... e tinha treino dois dias depois. Eu ia para a Fórmula 1 direto. Eu rezava para os jogos serem de sábado para conseguir ver a Fórmula 1 no domingo, onde fosse. Era voo privado para tudo quanto é lado", disse.
"O Del Bosque entendia perfeitamente. Ele sempre colocava o treinamento à tarde. Os treinos de segunda e terça eram todos cinco da tarde. Ele não colocava nunca 11 da manhã porque sabia que quase ninguém chegava. Que história bonita, né? Que exemplo bonito estamos dando para as crianças em casa... Não façam o que fizemos, mas ganhem o que nós ganhamos", completou.
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