Mattos aciona organizada na Justiça por acusações e intimidação a esposa
Resumo da notícia
- Alexandre Mattos acionou na Justiça o diretor executivo da Mancha Verde, maior organizada do Palmeiras
- O diretor de futebol alviverde exige explicações por uma série de acusações feitas pela torcida
- Mattos foi chamado de "ladrão" por mebros da torcida, que faziam alusão a uma "máfia do pão de queijo"
- Além disso, a torcida enviou flores à esposa do diretor, com um bilhete considerado intimidatório
O diretor de futebol do Palmeiras Alexandre Mattos acionou na Justiça o diretor executivo da torcida organizada Mancha Verde, André Guerra. Na ação, o dirigente alviverde exige explicações por uma série de acusações feitas contra ele e seu trabalho, além de uma possível ameaça: a torcida enviou flores à sua residência, endereçadas à sua esposa, com um bilhete que dizia apenas "Minha Vida, com amor", com as iniciais da torcida grifadas.
A ação é uma notificação para explicações. Na prática, é uma intimação para que Guerra explique e comprove as acusações. Serve como uma espécie de preparação para que o dirigente alviverde possa, posteriormente, processar o líder de torcida por calúnia, injúria ou até ameaça.
No documento, obtido pelo UOL Esporte, Mattos faz uma série de perguntas a Guerra. Questiona o que o líder da principal organizada do Palmeiras quis dizer ao utilizar os termos "falcatruas", "vem roubando o Palmeiras", "contratações duvidosas", "duvidosas compras de imóveis", "por fora" e "máfia do pão de queijo". Além disso, questiona sobre a utilização da palavra "ladrão" em protestos da torcida.
"Ele tem um prazo de cinco dias para explicar, responder essas questões que fizemos. E justificar. E a gente quer saber se é equívoco, ato impensado ou se foi algo contra a honra. Feita a explicação ou não feita, a gente considera como agir. Isso significa entrar com uma ação ou não, pode pedir uma pena por um crime que será desenrolado no Tribunal de pequenas causas", explica o advogado de Alexandre Mattos, Eduardo Silveira Melo Rodrigues.
Segundo o advogado, a ação é importante para definir se houve algum crime contra a honra do dirigente, e, em caso positivo, como enquadrá-lo.
"Entramos com esse pedido de explicações, para que eles explicitem do que está sendo acusado. Não quer dizer que houve um processo. É um pedido de explicações. Isso foi direcionado ao André Guerra, diretor executivo da Mancha Verde. Ele quer saber a extensão da acusação. Fala de Mattos ladrão. Ladrão por quê? Ladrão de quê? Queremos saber o que está sendo imputado. O que significa a máfia do pão de queijo, o Mattos ladrão".
Procurado, Guerra explicou a escolha de palavras e teceu mais críticas ao trabalho de Alexandre Mattos no Palmeiras. "A banana está comendo o macaco. Quem tem que dar explicações é ele, que é funcionário do clube. Os donos do clube são os torcedores. E os torcedores estão se sentindo lesados. Eu como torcedor estou me sentindo roubado, e tenho certeza que todo torcedor do Palmeiras está. O tanto que a gente gasta para ver jogo do Palmeiras e vê isso que está acontecendo. A gente se sente roubado quando vê que ele gastou R$ 140 milhões em contratações neste ano e o Flamengo R$ 180 milhões. Olha a diferença entre os dois times. A gente se sente roubado quando vê que nenhum jogador que ele trouxe no começo do ano gastando tudo isso é titular".
Torcida enviou flores à esposa de Mattos, em ato que sugere intimidação
Além das perguntas, a ação movida por Mattos também cita um incidente no qual a Mancha Verde enviou flores ao seu endereço residência, com um bilhete dirigido especificamente à sua esposa. O papel, ao qual a reportagem teve acesso, é escrito a mão e tem apenas as palavras "Minha Vida, com amor". As letras M e V, iniciais da torcida, estão sublinhadas e em maiúsculas.
"E um incidente de pouca relevância, algo que perturbou a esposa do Mattos. Foi uma mensagem de Minha Vida com amor, sugerindo a Mancha Verde. É uma sugestão de intimidação".
Guerra disse o UOL Esporte que o objetivo das flores não teria sido assustar ou ameaçar Mattos ou sua família. ""Não ameaçamos a mulher dele. Mandamos as flores para confirmar o endereço dele. A gente não podia ir ao condomínio sem ter certeza de que ele mora lá. Quando começaram a falar das flores, informei à polícia civil que enviamos para ter certeza do endereço. E para deixar claro para a esposa dele que o problema não é com ela".
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