Por que Eduardo Coudet só aceita assumir o Inter em 2020
O Internacional fez proposta pelo técnico Eduardo Coudet. Em reunião ontem (15), a direção gaúcha apresentou o que pretende para o comandante do Racing. Mas ele impôs uma condição: só aceita assumir o comando do Colorado em 2020. As razões para isso são a relação com seu clube atual, uma decisão em dezembro e a troca de ares em meio ao campeonato.
Segundo apurou o UOL Esporte, os motivos para o plano de permanecer na Argentina são fortes e foram passados à comitiva formada por três dirigentes brasileiros que está em Avellaneda. Roberto Melo, Rodrigo Caetano e Deive Bandeira ouviram as alegações de Coudet e seu representante.
O Inter segue com outras alternativas. Na Argentina ainda tem Ariel Holan, Sebastián Beccacece e Jorge Almirón como opções. No Brasil, Tiago Nunes é uma via que ainda persiste.
Relação pessoal com Milito e imagem no Racing
Eduardo Coudet pode ter ótima relação com D'Alessandro, mas também a tem com Diego Milito. Dirigente do Racing, o ex-atacante é amigo pessoal do treinador, com o qual viveu temporada vitoriosa. Milito reconhece que há o interesse do Inter, mas entende que o ambiente é propício para que Coudet permaneça.
"Não pensamos na saída, falamos com ele, estamos jogando coisas importantes, temos nossos objetivos", disse à Rádio La Red. "Sabemos da proposta, ele está tranquilo, nós também, é natural, ele é um ótimo trienador, foi campeão e é comum que se tenha essa situação", completou.
Não bastasse a relação pessoal com Milito, Coudet se preocupa com a imagem no Racing. Interromper imediatamente o trabalho mancharia sua reputação no clube pelo qual foi campeão argentino. O presidente Victor Blanco e o vice Miguel Jiménez, por exemplo, descartam totalmente a chance de saída citando a palavra dada pelo treinador.
Coudet foi mantido quando começou mal o campeonato deste ano. Seu time empatou três jogos e levou 6 a 1 do River Plate em casa. Ali se fortaleceu ainda mais o compromisso com o clube.
Título em disputa em dezembro
Ainda que o Campeonato Argentino não acabe no fim do ano, a saída poderia ocorrer durante o recesso. Isso porque um título estará em disputa. No dia 15 de dezembro, Coudet comanda o Racing contra o Tigre no Troféu dos Campeões, uma eliminatória que une o campeão nacional e o da Copa da Superliga Argentina. Conquistando a taça, poderia interromper o trabalho com mais tranquilidade. Até lá, se nega a pensar nisso.
Incerteza no Brasil
Eduardo Coudet, ainda, encontraria um cenário desconhecido no Brasil. Desembarcando no Inter em meio ao Brasileirão, com jogos em sequência e sem tempo para treinar, o comandante não contaria com período de adaptação ao elenco ou mesmo aos adversários e à rotina de partidas.
Além disso, passar suas ideias ao elenco demandaria treinamento, algo pouco comum no apertado calendário do país. A chance de oscilar logo na arrancada preocupa o treinador, que goza de estabilidade no atual comando.
Ao Inter, resta tentar persuadir Coudet a mudar de ideia. A tendência, porém, é que o clube aceite a chegada apenas para o ano que vem, mantendo o interino Ricardo Colbachini no cargo até o fim desta temporada.
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