Encanto com torcida e respeito do grupo: Guarín se anima em início no Vasco
Foram apenas 11 minutos em campo, tempo suficiente para já demonstrar o seu cartão de visitas. Embora ainda não esteja em sua forma física ideal, Fredy Guarín causou uma boa impressão em sua estreia, quando entrou no fim do segundo tempo na vitória do Vasco por 2 a 1 sobre o Botafogo, na última quarta-feira (16).
Indo para sua terceira semana no Rio de Janeiro, o colombiano tem realizado treinamentos em até três períodos para atingir logo o condicionamento que o faça suportar os 90 minutos. Em sua avaliação, além da parte física se faz necessário adquirir ritmo de jogo, uma vez que sua última partida oficial antes do duelo com o Alvinegro havia sido no início de julho, quando ainda estava no futebol chinês.
"Já fiz duas semanas de bons treinamentos e agora tenho que pegar ritmo de jogo. O tempo que joguei não deu para sentir, dar resposta. Entrei no fim do jogo, para manter o resultado, depois vou ter mais tempo e oportunidade para poder sentir melhor", disse o volante em tom modesto, embora tenha feito uma bela jogada para o gol de Gabriel Pec, posteriormente anulado em função de um impedimento milimétrico.
Com um currículo de peso, tendo sido destaque em clubes como Inter de Milão (ITA) e Porto (POR), Guarín tem despertado a admiração dos companheiros de Vasco. Muitos deles ainda estão em início de carreira, caso do volante Richard, que fez parceria com ele diante do Botafogo:
"É um cara rodado, que por onde passou foi vitorioso. Então a gente tem aprendido muito com ele. Feliz pela estreia dele, num clássico, dentro de casa. Ganhar dá confiança para ele e para nós. Ele só veio para agregar e nos trazer experiência para o restante do campeonato", disse o jovem meio-campista.
No dia a dia, quem tem ajudado Guarín em sua adaptação é o seu compatriota Oswaldo Henríquez, que já atua no Brasil há três anos.
"Português entendo um pouco. Não falo muito bem, mas posso entender. É sempre importante um compatriota estar na equipe, e o Boca (de Bocanegra, sobrenome de Henríquez) faz parte importante da minha adaptação", disse o defensor.
Na avaliação do técnico Vanderlei Luxemburgo, a estreia de Guarín foi aprovada mesmo com pouco tempo em campo. "Foi boa a entrada. Acho que já deu para mostrar a qualidade dele. É um jogador que eu não teria medo algum de botar 15 ou 20 minutos para jogar. O lastro e a experiência que ele tem, a força física, nenhum problema", disse o treinador.
Encantado com torcida do Vasco
O primeiro contato de Guarín com a torcida do Vasco em São Januário lhe causou encanto. O jogador pôde sentir a energia dos mais de 16 mil cruzmaltinos que empurraram a equipe para a vitória a ponto de superar suas expectativas, que haviam sido alimentadas pelos ex-jogadores vascaínos Philippe Coutinho e Souza, seus ex-companheiros de Inter de Milão e Porto, respectivamente.
"Mais ainda do que disseram. Uma coisa é o que se ouve e outra o que se sente. O que senti foi o calor da torcida, que precisamos dentro de campo. Sempre vamos precisar disso. Independentemente do resultado, precisaremos do calor da torcida", destacou.
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