Números despencam, e Corinthians corre "risco G6" inédito pós-Copa América
A pressão sobre Fábio Carille no Corinthians cresce em ritmo diretamente proporcional à queda dos números que ainda vêm sendo usados pela diretoria para bancar a permanência do treinador. A questão é: até quando?
Após a derrota de ontem (19) para o Cruzeiro, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Corinthians corre um risco inédito em termos justamente de resultado: sair da zona de classificação para a Copa Libertadores de 2020.
O Timão entrou para o G6 do Brasileirão na retomada do campeonato pós-Copa América, quando venceu o CSA por 1 a 0, ainda pela décima rodada, em julho. Desde então, oscilando entre o sexto e o terceiro lugar, os comandados de Carille sustentam ao menos provisoriamente a vaga que, nos bastidores, é tratada como obrigação.
O problema é que bastam vitórias de São Paulo, Internacional e Bahia ainda nesta 27ª rodada para o Corinthians despencar da quarta para a sétima colocação. Todos os adversários diretos jogam em casa e recebem, respectivamente, Avaí, Vasco e Ceará. O Timão ainda teve sorte de o Fortaleza virar sobre o Grêmio, que poderia já ontem mesmo ter ultrapassado a equipe de Carille antes mesmo de o apito inicial soar em Itaquera.
Por tudo que ele [Carille] já fez aqui, a capacidade que ele tem, o dia a dia e o trabalho. O Corinthians ainda está na quarta posição do campeonato, é tricampeão paulista. Ele tem a confiança do grupo e nossa, e não tem porque trocar de treinador"
Duílio Monteiro Alves, diretor de futebol do Corinthians, justificando a permanência de Carille como técnico da equipe.
O risco de uma queda inédita na classificação do Brasileirão vem precedido de um desmoronamento de outros números que serviam até pouco tempo atrás para blindar o trabalho de Carille — agora bastante contestado, principalmente pela torcida, como pode ser visto nos comentários em rede social:
O duelo com o Cruzeiro de Abel Braga marcou a primeira derrota do Corinthians em casa na atual edição do Brasileirão após 13 jogos de invencibilidade.
Falando em invencibilidade, o Corinthians pós-Copa América chegou a alcançar 14 jogos sem perder. Hoje, porém, Carille vive seu maior jejum de triunfos na temporada — não vence há cinco partidas. Até então, a pior marca era de três jogos sem vitórias.
Outra marca da qual o Corinthians se gabava até o início do mês era a de melhor defesa do Brasileirão. O cenário mudou após levar dois gols do Athletico-PR, um do São Paulo, dois do Goiás e mais dois do Cruzeiro. Com 20 gols sofridos, a equipe já perdeu a liderança no quesito para o rival do Morumbi e agora está empatada com o Palmeiras.
Citando também o outro grande rival paulista do Corinthians, o Santos é o próximo adversário, sábado que vem, na Arena, pela 28ª rodada. Nos últimos dois clássicos contra a equipe da Baixada Santista, disputados no Pacaembu, pelas semifinais do Paulistão, e na Vila Belmiro, pelo primeiro turno do Brasileirão, o time de Jorge Sampaoli colocou a equipe de Carille "na roda" e, apesar de vitórias magras por 1 a 0, criou para golear em ambos os jogos.
"Com todas essas dificuldades ainda estamos na parte de cima, então se melhorar vamos ficar lá e conseguir o nosso objetivo [classificação para a Libertadores]", disse Carille, ainda na noite de ontem, após a derrota para o Cruzeiro.
As dificuldades parecem só aumentar como numa bola de neve. Perspectiva de melhora, trocadilho à parte, não é das melhores. Volta a questão inicial: até quando o Corinthians de Carille "ficará lá" no pelotão de frente?
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