Firmino insiste em mostrar que merece seleção, mas não como você queria
Resumo da notícia
- O Liverpool goleou o Genk por 4 a 1 fora de casa na Liga dos Campeões
- Roberto Firmino deu a assistência do segundo gol e participou do terceiro
- Na seleção, o atacante não consegue exercer a mesma função feita no Liverpool
- Tite confia em Firmino e tenta deixá-lo mais à vontade com novo esquema
Roberto Firmino mais uma vez foi destaque do Liverpool nesta temporada. E novamente aparecendo mais como um garçom do que como um homem-gol, um centroavante típico. Isso faz com que o debate sobre seu rendimento na seleção brasileira seja resgatado. Afinal, por que o camisa 9 do atual campeão da Liga dos Campeões da Europa ainda não brilhou sob o comando de Tite?
Parte da resistência popular contra Firmino passa por essa diferença de estilo em comparação a outros centroavantes da história da seleção. O jogador do Liverpool não é um pivô tradicional, que explora o contato com os zagueiros e usa a força para procurar espaços na área. Aparece mais com assistências do que com gols, como hoje diante do Genk. Firmino foge dos defensores e é justamente isso que faz a diferença para o esquema do time inglês.
Quando Firmino recua, puxa um marcador para longe da área e cria um espaço na defesa adversária. O movimento é indispensável para a dinâmica imposta por Jürgen Klopp, que exige infiltração dos meio-campistas e ainda faz com que Firmino tenha uma visão mais ampla do ataque para acionar os pontas.
Mané e Salah entram no "facão", ou seja, deixam a lateral do campo para explorar o buraco entre os defensores pelo centro. Assim, têm sido mais artilheiros do que o próprio centroavante brasileiro. O jogo do Liverpool proporciona muito mais finalizações para os pontas do que para Firmino, como foi no terceiro gol sobre o Genk. Firmino estava na meia direita, acionou Salah, que colocou Mané na cara do goleiro.
Números de Roberto Firmino na temporada:
- 18 jogos
- 4 gols
- 7 assistências
Na seleção brasileira, foram raros os momentos em que essa virtude de Firmino foi explorada. Tite, é verdade, não tem os mesmos jogadores que Klopp comanda para que o estilo do Liverpool seja replicado com perfeita fidelidade. Seria até arriscado forçar uma réplica sem levar em conta as diferenças dos atletas das demais posições.
O melhor uso apareceu na Copa América, aproveitando a presença de outro centroavante improvisado na ponta direita. Firmino saía para armar com Coutinho e Gabriel Jesus partia no "facão" para finalizar as jogadas na área. Só não há mais frequência nesse tipo de lance porque Casemiro, Arthur e Philippe Coutinho ainda não entraram em sintonia para formar um meio de campo mais incisivo ofensivamente.
É por isso que Tite começa a colocar em prática um outro esquema tático para a seleção, que já se aproxima mais dos ideais do Liverpool. Firmino teria mais liberdade para recuar e ajudar o setor de criação, desfazendo o 4-2-3-1 para os dois pontas aproveitarem o espaço gerado pelo centro. Neymar e Gabriel Jesus são os nomes favoritos.
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