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Red Bull mira orçamento de time grande para 2020 e vaga na Sul-Americana

Paulo Paiva/AGIF
Imagem: Paulo Paiva/AGIF

Arthur Sandes, José Eduardo Martins e Thiago Fernandes

Do UOL, em São Paulo

23/10/2019 04h00

Nestes últimos meses do ano, os clubes já começam a se preparar para 2020. E desta vez o mercado da bola terá uma novidade, uma equipe que vai chegar para brigar com algumas das potências do futebol brasileiro. Praticamente assegurado Série A, o Bragantino, em parceria com a Red Bull, trabalha para definir a sua estratégia para a próxima temporada.

Segundo apurou o UOL Esporte, os dirigentes responsáveis por coordenar o clube têm discutido nos últimos dias sobre o futuro do projeto e traçado algumas metas. No torneio do ano que vem, a ideia é fazer uma campanha convincente e conquistar uma vaga para a Copa Sul-Americana de 2021.

Para tanto, o time paulista vai buscar alguns reforços. O perfil de atleta que a diretoria vai buscar também já está delineado. Os dirigentes vão atrás de jogadores jovens, que tenham talento e alguma projeção - assim também podem apresentar um valor de revenda. Por isso, nomes como os de Cleiton, de 22 anos, e Guga, de 21, ambos do Atlético-MG, estão bem cotados.

Nas próximas semanas, a diretoria paulista deve fechar com os analistas de desempenho uma lista com nomes de interesse e partir para o mercado. O clube não divulgou uma projeção de quanto pretende investir em reforços. Porém, depois de apresentado o nome do atleta que se enquadrar neste perfil, e com aval da matriz da empresa de energéticos, o time de Bragança deve ter poderio suficiente para brigar de frente com alguns dos grandes do país.

A firma pretende ainda financiar melhorias na infraestrutura do clube, como no estádio e nas instalações de treinamento, além de apresentar um novo distintivo. No total, a equipe pode receber mais de R$ 200 milhões durante o próximo ano - valor semelhante ao recebido por times grandes como Botafogo e Fluminense em 2019, ambos na casa das duas centenas de milhões.

Hoje, quem está à frente do projeto é o CEO da parceria entre Bragantino e Red Bull, Thiago Scuro. Pelo bom desempenho da equipe na Série B, o dirigente despertou o interesse de alguns outros clubes. No entanto, ele tem contrato com a equipe regido pela CLT e multa caso deixe Bragança Paulista até o fim deste ano.

Bragantino tenta repetir outras 'franquias'

A Red Bull mantém outros três times mundo afora, sendo eles RB Leipzig (Alemanha), RB Salzburg (Áustria) e RB New York (Estados Unidos). Todos têm identidade visual parecida: cores vermelha, azul e branca; estádios de mesmo nome; e uniformes e escudos estilizados com dois touros. E, em campo, cada um tem sucesso à sua maneira.

O New York é o mais discreto, ainda sem títulos e com histórico ruim no mata-mata da MLS, mas no geral com boas campanhas. Os europeus têm conquistas mais palpáveis: o Salzburg se tornou dominante na Áustria, ganha praticamente tudo e já empilhou 16 títulos nos 14 anos sob gestão da Red Bull; o Leipzig tem só dez anos de história, mas já foi vice-campeão da Bundesliga e joga a atual Liga dos Campeões.

O time alemão foi o único dos 'clubes Red Bull' a ser fundado pela marca de energéticos, enquanto Salzburg e New York já existiam e foram adquiridos - casos semelhantes ao do Bragantino. Nenhum deles fez feio na primeira temporada: o Salzburg foi vice-campeão austríaco na temporada 2005-06 (e no ano seguinte ergueu a taça com cinco rodadas de antecedência); o Leipzig subiu de divisão em 2009-10, do quarto para o terceiro nível do futebol alemão; e o New York chegou a ir aos playoffs na MLS de 2007. Neste ano o Bragantino é o atual líder da Série B do Campeonato Brasileiro, com 12 pontos de vantagem para o quinto colocado.