Tom pacífico e tratamento neutro cercam Cruzeiro e Ceni antes do reencontro
Resumo da notícia
- Menos de um mês após ser demitido do Cruzeiro, Rogério Ceni irá reencontrar o clube
- Jogadores da Raposa adotam discursos diferentes sobre o reencontro com o ex-écnico celeste
- Rogério Ceni e Abelão já realizaram seis jogos e conquistaram nove pontos com seus respectivos clubes
- Rogério encara retorno ao Mineirão como qualquer outro compromisso diante de um grande adversário
Não passou nem um mês desde que Rogério Ceni deixou o Cruzeiro. E neste sábado, o treinador, que voltou a comandar o Fortaleza, irá reencontrar seu ex-clube no Mineirão. Na semana que antecede o duelo do Brasileirão, o ex-goleiro e seus antigos comandados adotam discursos distintos. Há aqueles que negam qualquer tipo de rancor, outros que adotam tratamento neutro ou até que descartam os tradicionais cumprimentos antes da partida.
É inegável que o vestiário do Cruzeiro ficou bastante conturbado na curta passagem de Ceni pelo clube. Em 46 dias trabalhando na Toca da Raposa, o treinador não conseguiu lidar com o grupo repleto de medalhões e teve dificuldades de relacionamento com alguns atletas. Um deles, apontado como pivô da demissão de Ceni, foi Thiago Neves. Recentemente, o camisa 10 falou pela primeira vez sobre o ocorrido e desabafou em entrevista coletiva. Apesar de revelar ter pedido desculpas ao técnico, Thiago não crê ser necessário o tradicional cumprimento antes do apito inicial, justificando não ter feito o mesmo com outros treinadores.
"Não tem porquê. A gente não faz isso nem com o Abel, nem com o Renato Gaúcho [que já treinaram Thiago Neves no Fluminense]. Tenho o foco em jogar, em ajudar o meu time. Depois do jogo, se tiver que der um abraço nele, eu dou", disse o meia.
Para o capitão Henrique, o astral é outro depois da chegada de Abel Braga. Mas o volante prefere não ficar remoendo o assunto, disse não guardar nenhum rancor por causa da passagem conturbada de Ceni, e trata com naturalidade o reencontro com o treinador.
"O sentimento, neste caso, seria de rancor. Mas a gente não trabalha com esses sentimentos. Eu não gosto de trabalhar com rancor. Faz parte do futebol. Aconteceu, não foi da melhor maneira, mas faz parte do passado. A gente vive um novo ciclo com o Abel, onde estamos muito contentes com o trabalho, então isso faz parte da vida, do futebol. Às vezes vem para dar certo. Às vezes as coisas não acontecem da maneira que é para ser, mas é vida que segue", comentou o capitão celeste.
Rogério Ceni retornou ao Fortaleza praticamente no mesmo momento que o Cruzeiro contratou Abel Braga. Até aqui, os dois realizaram seis jogos em seus respectivos clubes e conquistaram nove pontos, cada. A semelhança também é vista na tabela. O Fortaleza tem 31, três a mais que o Cruzeiro, que abre a zona de rebaixamento. Além de rever os jogadores celestes, outro encontro aguardado no Mineirão é de Ceni com a torcida, já que o técnico foi o único poupado nas variadas manifestações dos torcedores durante os momentos mais delicados da Raposa.
"Enfrentar o Cruzeiro é como enfrentar qualquer outro grande time de Série A. Qualquer jogo é sempre motivo de orgulho e isso é muito especial. Todos os jogos são especiais. Cada vitória tem que ser muito comemorada na Série A. Para mim todos os jogos são importantes", comentou Rogério, após a rodada do último final de semana.
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