Topo

Como Red Bull vai ao mercado da bola com R$ 200 mi para incomodar grandes

Antônio Carlos Zago, técnico do Red Bll Bragantino - Gabriel Machado/AGIF
Antônio Carlos Zago, técnico do Red Bll Bragantino Imagem: Gabriel Machado/AGIF

Arthur Sandes, José Eduardo Martins e Thiago Fernandes

Do UOL, em São Paulo e Belo Horizonte

24/10/2019 04h00

Os próximos dias devem ser agitados para o Red Bull. Além da preocupação para conquistar o título da Série B do Campeonato Brasileiro, a direção do clube planeja quais ações vai tomar para montar a equipe de 2020. Com um orçamento aproximado de R$ 200 milhões, o Bragantino, em parceria com a empresa de energéticos, deve montar uma equipe para incomodar os grandes clubes da Série A, como Botafogo, Vasco, Fluminense e até mesmo o trio de São Paulo.

O projeto liderado pelo CEO Thiago Scuro já traçou um perfil de quais jogadores espera buscar no mercado da bola. A ideia é contratar jogadores promissores, com idade entre 20 e 25 anos, que possam ter um valor de revenda. Tal política é adotada também em outros clubes que contam com o apoio da marca de energéticos em outros países, como Áustria e Alemanha.

Desta forma, por exemplo, o RB Leipzig contratou Luan Cândido, do Palmeiras, por 8 milhões de euros. O jogador, de 18 anos, sequer atuou pela equipe profissional do Alviverde e era considerado uma das principais promessas das categorias de base. Por isso, aqui no Brasil, nomes como os do goleiro Cleiton, de 22 anos, e do lateral direito Guga, de 21, ambos do Atlético-MG, estão bem cotados.

Não à toa, cerca de 50% dos jogadores do elenco da filial brasileira, de acordo com o próprio diretor, estão nesta faixa etária. Mesmo que pense em seguir os passos das versões europeias, o Red Bull Brasil tem autonomia para definir o próprio planejamento. O modelo adotado é por opção. A diretoria crê que, com dinheiro em caixa, pode buscar nomes ainda melhores para o elenco, atendendo à ideia de ter jovens no time profissional. Jogadores veteranos, com idade superior aos 30 anos, devem ser raridade no grupo de trabalho em 2020.

Na elite do futebol brasileiro em 2020, a meta traçada pelo clube é fazer uma campanha convincente e conquistar uma vaga para a Copa Sul-Americana de 2021. Mas antes disso, eles ainda têm a tarefa de gerencias duas equipes.

A empresa de energéticos vai seguir com a parceria com o Bragantino e manter o Red Bull Brasil. A multinacional destaca que não houve fusão entre dois clubes. O Red Bull Bragantino, com sede em Bragança Paulista, e o Red Bull Brasil, com sede em Campinas, seguem suas operações separadamente. Como os dois clubes possuem a mesma firma investindo no futebol, eles não podem, por lei, disputar a mesma divisão em um campeonato.

Desta maneira, o Red Bull Bragantino foi escolhido para jogar a Série A1 do Paulista, e o Red Bull Brasil jogará Série A2. A empresa pretende gastar até R$ 200 milhões em reforços no mercado da bola para disputar o Campeonato Brasileiro de 2020 com o time de Bragança Paulista, que lidera a Série B do Nacional, com 59 pontos.