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Mario garante voto online no Flu em 2022 e quer liberação de Caio Henrique

Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt concede entrevista coletiva no CT tricolor - Lucas Mercon / Fluminense
Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt concede entrevista coletiva no CT tricolor Imagem: Lucas Mercon / Fluminense

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/10/2019 15h53

Mario Bittencourt concedeu coletiva no CT Carlos Castilho na tarde desta sexta-feira. Dentre outros diversos assuntos, o presidente do Fluminense garantiu a implementação do voto online para as eleições do clube em 2022.

"Posso antecipar: em que pese estarmos no clube em quatro meses, já orçamos e estamos bem próximos de fechar o voto online. Mas temos que implementar perto de quando tiver a votação. Não faz sentido pagar sem utilizar. A nossa ideia, com objetivo para a eleição de 2022, é fazer testes de votação antes, como terceira camisa do clube ou outra situação, para quando chegar lá, estar antecipado. Fizemos três votações e as três nos responderam que da contratação à implementação, são 15 dias. Posso dizer que teremos voto online em 2022", afirmou.

Mario também declarou que voltará a pedir a liberação de Caio Henrique, lateral-esquerdo titular da equipe e convocado pelo técnico André Jardine para a seleção olímpica, que disputará o Torneio de Tenerife, na Espanha, na data Fifa de novembro. O jogador desfalcaria o Tricolor contra o Atlético-MG, no Maracanã, no sábado (16).

"Sem dúvida, com certeza. Pedirei a liberação", se resumiu a dizer.

O mandatário também parabenizou a torcida, que se movimenta nas redes sociais em uma campanha de associação em massa com a #Flu100k. Nesta sexta-feira, os servidores do clube estiveram congestionados.

"Venho falando isso desde o dia que assumi: o torcedor deve ser o patrocinador master. Espero que a torcida leve esse movimento para a arquibancada, porque com eles somos mais fortes e tenho certeza que dará certo. Tenho certeza que no sábado reencontraremos esse bom momento. Espero que a torcida leve esse movimento para a arquibancada, porque com eles somos mais fortes e tenho certeza que dará certo", declarou.

Mario também comentou sobre os valores da venda de Pedro. Parte do dinheiro da primeira parcela foi bloqueada pela Justiça. A dúvida dos torcedores nas redes sociais fomentou a questão. O presidente explicou que o clube já cumpriria ações em curso com o lucro na negociação, mas que outra parte acabou penhorada.

"A gente segue com gestão transparente. Foi uma opção de uma penhora do Nem. Uma penhora cível, está parcelada, ainda temos recbeimentos mais para a frente. A gente perdeu quase 65 a 70% da primeira parcela do Pedro. Se não vendesse não pagava uma folha e perdia os atletas na Justiça. Tinhamos que integralizar o pagamento para discutir a divida. Seguimos discutindo para tentarmos receber uma parte disso lá na frente. Esperamos liberar mais para pagar funcionários, contas de consumo".

Sobre o elenco, o presidente falou sobre o planejamento para 2020. O Flu tem dificuldades, pois mais da metade do elenco encerra seu vínculo com o clube no fim do ano. Além disso, destaques como Allan e Caio Henrique não pertencem ao Tricolor.

"O planejamento de 2019 foi construído dentro das possibilidades do clube. Quase 50% do elenco é de contrato que se encerra ao final do ano. Isso gera dificuldade. Muitos atletas foram bem e, obviamente, recebem proposta de fora. Não posso afirmar se algum acertou com outro clube. Estamos falando com todos. Mas isso depende também da nossa performance", disse.

Por fim, Mario Bittencourt também comentou sobre os esportes olímpicos, apontados por parte da torcida como motivo de um déficit financeiro ainda maior dentro da difícil situação vivida pelo clube neste sentido.

"Estou implementando a discussão de centro de custo para saber se há prejuízo ou não. O Fluminense é um clube onde estamos implementando governança corporativa. Tem uma série de profissionais que vem fazendo análise de custos de departamentos. Tem departamento que não tem no seu descritivo contábil, por exemplo, o pagamento da água, que ele usa. Ele usa, mas não contabiliza. Temos uma equipe dentro do clube para olhar a operação diária, desenvolvendo um estudo para saber onde estão as despesas e ver se a divisão de centros de custo pode ser implementada. Posso garantir ao torcedor. Todo o valor do sócio futebol é investido no futebol. Cerca de 90% da receita do clube vem do futebol e a despesa também, é proporcional. Estamos vendo se estes 10% tem algum desencaixe", explicou.

Sobre a revitalização das Laranjeiras, outro tema recorrente entre os torcedores, Mario anunciou a criação de um comitê para trabalhar em parceria com o grupo "Laranjeiras XXI", composto por sócios e conselheiros, além de uma reunião no dia 6 de novembro.

"Existe um grupo que desenvolve esse projeto. Na gestão passada houve a assinatura do documento apoiando esse projeto. Eu disse que apoio que o projeto siga, e se for viável, apoiaremos. Deixando claro que não podemos aportar um centavo na construção ou reconstrução de um estádio. Temos dificuldade de pagar salários, imagina se poderemos canalizar verbas para construir um estádio. O projeto deles prevê a captação de recursos externos. Temos uma reunião marcada no dia 6 de novembro. Eu montei uma comissão para trabalhar com eles. Essa comissão tem engenheiros, arquitetos, pessoas do departamento jurídico, enfim, tem tudo isso. A aceleração das informações faz parecer que estamos contra. Jamais. Eu sigo apoiando, mas o estádio não vai ficar pronto em quatro meses. Se tudo correr bem, daremos todo apoio. Não vou usar isso de maneira popularesca para plantar sementes na cabeça do torcedor, como se fossemos receber esse estádio em curto prazo", finalizou.

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