Sampaoli explica ausência de Sánchez e manda apoio a manifestantes no Chile
A coletiva de Jorge Sampaoli, após o empate sem gols do Santos com o Corinthians, na tarde de hoje (26), foi espaço para o treinador explicar suas preferências sobre o time, como de costume, mas também teve um momento em que o argentino falou sobre as manifestações no Chile.
Sampaoli, que já foi técnico da seleção chilena e venceu uma Copa América enquanto esteve no comando, saiu em defesa dos protestos e disse estar orgulhoso das movimentações populares.
"Valorizo muito a reação do povo chileno depois de tanto tempo de opressão. É um exemplo para todos na América do Sul. Lutar contra o neoliberalismo que deixa o povo cada vez mais pobre, esta rebelião é contra os que estão no poder que só pensam nisso. Estou orgulhoso do povo que vivi ao lado por tanto tempo. Espero que seja um passo a diante para terminar com a opressão com essa gente", afirmou.
Já o sobre o confronto deste sábado e o empate com o rival pela 28ª rodada do Brasileirão, Sampaoli justificou a ausência de Carlos Sánchez no jogo — o meia não foi opção nem como alternativa para o segundo tempo.
"Fizemos uma grande partida. Tivemos o controle. Quando jogamos de outra forma, com jogadores como Sánchez, às vezes aceleramos muito o jogo. Decidi mudar a característica com Jean Mota e Evandro, para dominar a partida, como dominamos. Sabemos da importância do Carlos Sánchez, mas valorizei o plano de partida hoje", explicou.
"Nós saíamos com três jogadores e na 3-2-5, que gerava incômodo aos volantes do Corinthians. Com Evandro e Jean Mota, tínhamos a possibilidade de encontrar o espaço e ter superioridade no ataque. A ideia do jogo era encontrar esses jogadores que têm muito claro um panorama ofensivo, para que achassem Soteldo, Marinho, Sasha, Tailson", acrescentou.
Veja outros assuntos da coletiva de Sampaoli
Permanência para 2020
"Tento me reservar com as declarações. Não falei com o presidente sobre minha continuidade ou não. O presidente quer que o time seja campeão no ano que vem, mas também diz que não haverá grandes contratações, porque o clube tem inconvenientes econômicos. Não tenho claro. Tenho que ter claro sobre o que o clube quer fazer no próximo ano, um planejamento comigo, se eu posso ser útil para o projeto que vem estarei. Se não foi útil, não estarei. Eu estou encantado com o lugar que trabalho, com a cidade, mas o Santos merece brigar por um campeonato. Para isso, precisa do planejamento adequado que não teve neste ano. Autuori me falou das dificuldades. Estaria falando de algo que desconheço. Tenho dois anos de contrato. Quando tiver uma reunião de definição sobre o futuro, contarei. Não há nada ainda."
Título brasileiro
"A distância para o Flamengo existe. O Flamengo é um time armado, com um planejamento, uma equipe de elite. Nós tivemos muita complicação para armar um time que supostamente esteve por muito tempo em cima na tabela. É impossível comparar com o Flamengo, talvez em algumas partidas. Lamentavelmente. Temos um objetivo, mas a comparação com um time que se planejou, trouxe jogadores de Europa... Nossa realidade é distinta."
Mudanças constantes na equipe
"Temos todos os jogadores preparados para jogar. É um plantel que não tem jogadores que se destacam sobre os outros. Colocamos quem está melhor e 100% para jogar cada jogo. Para mim, este foi um dos melhores jogos do Santos como visitante. Contra um grande time, na casa deles. Nos impomos desde o início do jogo."
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