Vice do Grêmio diz que 5 a 0 do Fla não é vexame: "Vergonha é outra coisa"
Duda Kroeff, vice de futebol do Grêmio, não definiu a derrota para o Flamengo como vexame. Hoje (27), o dirigente foi questionado sobre avaliação feita após a goleada de 5 a 0, na semifinal da Libertadores, e manteve a postura. Nas palavras do cartola, o escore foi atípico e só. Em defesa da visão, ele chegou a citar sonegação de impostos e roubo para justificar status menor ao placar sofrido pelo time gaúcho no Maracanã.
As declarações de Kroeff foram concedidas após vitória do Grêmio diante do Botafogo, por 3 a 0, em jogo válido pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.
"É uma questão de português. Procurem ver o que significa normal. O resultado foi incomum, atípico, mas é normal. Anormal é outra coisa. Só procurar no português. Ouvir falar em vexame. A mim, não houve vexame. No futebol, uma goleada para lá ou para cada acontece… Vexame, tragédia, vergonha é outra coisa. Roubar, subornar fiscais para não pagar imposto é vergonha, vexame", disse Duda Kroeff ao ser perguntado se havia mudado de ideia.
Na quarta-feira, logo depois do resultado histórico, o vice de futebol já havia afirmado que o placar não era um vexame, mesmo sendo o maior já sofrido pelo Grêmio na Libertadores.
"Foi uma derrota acachapante, mas não é nenhum absurdo. É uma derrota, até certo ponto, normal. O Flamengo tem uma folha salarial que é quase o dobro da folha do Grêmio", declarou.
Hoje (27), ao ser perguntado pela segunda vez na mesma entrevista sobre o resultado contra o Flamengo, o dirigente lembrou até da goleada aplicada pelo Grêmio diante do Inter, em 2015.
"A mensagem que a gente passa (ao dizer que foi normal), que nem precisa ser passada, na verdade… É de que o Grêmio sempre chega, está sempre lá. Aí faz uma goleada de 5 a 0 no Internacional, por exemplo, e o Internacional vai terminar? Não. Ele vai se reerguer, vai fazer retomada, o mesmo acontece com a gente agora. Fazer ou tomar uma goleada no futebol a cada dois anos evidente que é normal. Como eu disse, vexame e tragédia é outra coisa. Criança passando fome, sem atendimento médico suficiente. Pai que não consegue remédio para as crianças na farmácia. Isso é vexame, vergonha. Não resultado de futebol, onde a gente se esforça e o outro time vai melhor", declarou.
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