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Longe da briga por vaga na Libertadores, Atlético-MG tenta fugir da degola

Lateral Fábio Santos não esconde temor atleticano por ameaça do rebaixamento à Série B do Brasileirão - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Lateral Fábio Santos não esconde temor atleticano por ameaça do rebaixamento à Série B do Brasileirão Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

29/10/2019 04h00

Duas versões de um mesmo Atlético-MG podem ser vistas ao longo deste Brasileirão. A primeira delas já ficou no passado e foi de um time que chegou a brigar com o Flamengo pela liderança e sonhou com as possibilidades reais de chegar à próxima Libertadores. A outra é a atual, de um time que está a seis pontos da zona do rebaixamento e que já não apresenta o mesmo discurso otimista de antes.

Desde que entrou em um declínio de produção no qual ainda não conseguiu sair, o Atlético sempre recusou o discurso de lutar para não ser rebaixado. As palavras já foram ditas pelo técnico anterior, Rodrigo Santana, pelo diretor de futebol Rui Costa e pelo zagueiro Réver, um dos líderes do elenco. Mas, aos poucos, isso começou a mudar. E a derrota para o São Paulo, no último domingo, sem conseguir apresentar um futebol minimamente atraente, foi uma prova disso. Faltando dez rodadas para o final do campeonato, o Galo está a seis pontos do rival Cruzeiro, que hoje abre a zona de rebaixamento.

"Na verdade, preocupa há um bom tempo, a gente não vinha com bons jogos. Óbvio que a gente não quer olhar para a parte de baixo da tabela. Realmente, a gente tem procurado fazer bons jogos, somar pontos, que é o mais interessante neste momento no campeonato. É nisso que estamos focados, em somar pontos, vencer jogos, recuperar a confiança para nos afastarmos desse pelotão de baixo, para não ficarmos pensando em zona de rebaixamento e para atingirmos os 45 pontos o quanto antes", reconheceu o lateral Fábio Santos. Na lateral oposta, Guga também já deu declaração parecida.

Quando foi contratado pelo Atlético, o técnico Vagner Mancini falou sobre pensar jogo a jogo. Até aqui, o time fez três partidas com ele, alcançando os três resultados possíveis dentro de campo. Tão preocupante quanto os pontos é a oscilação que o time apresenta, às vezes empolgando o torcedor (como aconteceu na vitória diante do Santos), outras deixando-o aflito com a tabela de classificação (como na derrota para o São Paulo).

O fato é que, independente do discurso, o sonho de chegar à próxima Libertadores vai ficando cada vez mais distante e fora da realidade alvinegra. Mesmo que o time engate uma sequência positiva, a distância para os adversários de cima vai minando essa possibilidade. Com mais 30 pontos a disputar, o Galo está dez atrás do Corinthians, hoje sexto colocado. Mesmo que a zona de classificação vire G-7 ou até G-8, os mineiros ainda terão forte concorrência de clubes como Grêmio, que jogará todas as suas fichas para retornar à maior competição do continente.

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