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Santos tem quase o dobro de aproveitamento com Sánchez em campo

Carlos Sánchez treina no CT do Santos - Ivan Storti/Santos FC
Carlos Sánchez treina no CT do Santos Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

29/10/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Artilheiro e líder de assistências na temporada, Sánchez ficou no banco no clássico por opção de Sampaoli
  • Santos tem aproveitamento de 63% quando o uruguaio entra em campo, seja como titular ou do banco de reservas
  • Nos oito jogos em que o camisa 7 não atuou, apenas uma vitória e 33% de aproveitamento nos pontos
  • Meia tem 34 anos e, entre os meias que costumam atuar, é quem tem menor sequência como titular dentro do rodízio de Sampaoli no ano
  • Sampaoli reconheceu a importância do uruguaio, mas afirmou que o Santos não tem jogador "de destaque" e precisa de todos 100% devido ao plano de jogo

Ele é o artilheiro e também o líder de assistências do Santos na temporada, mas nem assim é titular absoluto do time. O meia Carlos Sánchez foi reserva e sequer entrou no clássico contra o Corinthians, no último sábado, que terminou em 0 a 0. Foi o oitavo jogo em que o Peixe não teve o uruguaio em campo e o aproveitamento com ele quase dobra.

Nas oito partidas em que Sánchez não atuou, o Peixe venceu apenas uma: contra o Vasco, em São Januário, pelo segundo turno do Brasileirão. Os outros sete jogos terminaram com cinco empates e duas derrotas. No total, foram oito pontos conquistados e apenas 33% de aproveitamento.

O meia soma 47 jogos, 14 gols e oito assistências no ano, com um aproveitamento geral é de 63% dos pontos disputados. Foram 38 jogos em que Sánchez foi titular e outros nove em que o uruguaio veio do banco de reservas. Ao todo, são 27 vitórias, nove empates e 11 derrotas.

Curiosamente, o melhor aproveitamento é justamente quando o uruguaio sai do banco: seis vitórias e três empates em nove partidas, 77% de aproveitamento. Nenhuma derrota. Nessas partidas, Sánchez entrou para ajudar a construir a vitória em duas oportunidades.

A decisão do técnico Jorge Sampaoli de deixar o uruguaio no banco de reservas no clássico foi bastante questionada pelo torcedor, mas não surpreende. Sánchez vinha em uma sequência de dois jogos como titular, número maior do que Evandro e Jean Mota.

Entre os meias que estão no clube desde o início da temporada, o uruguaio é quem tem a menor sequência de jogos como titular: seis, por duas vezes (nas seis primeiras partidas oficiais do ano e nos seis primeiros jogos após a parada para a Copa América).

O número é inferior aos outros meias utilizados por Sampaoli, com exceção de Evandro, que chegou no meio da temporada, além de Cueva, já fora dos planos, e Jobson, que começou a ganhar chances recentemente. Alison somou sete partidas consecutivas, Jean Lucas teve nove antes de ir para o Lyon (FRA), Jean Mota atingiu a marca de dez jogos duas vezes no ano e Diego Pituca, o único titular absoluto, somou sequências de 11 e 12 partidas.

O treinador argentino reconhece a importância do jogador de 34 anos para o time, mas também afirma que o Peixe não tem atletas de destaque e precisa mais do conjunto. Para que todos atuem da forma como Sampaoli gosta, a parte física é muito importante, por isso as 53 escalações diferentes em 55 jogos.

"Temos todos os jogadores preparados para jogar. É um plantel que não tem jogadores que se destacam sobre os outros. Colocamos quem está melhor e 100% para jogar cada jogo. Para mim, este foi um dos melhores jogos do Santos como visitante. Contra um grande time, na casa deles. Nos impomos desde o início do jogo", afirmou o técnico após o clássico.

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