Chile diz que final da Libertadores será em Santiago
A ministra do Esporte do Chile, Cecilia Pérez, disse que a final da Copa Libertadores de 2019, marcada para o dia 23 de novembro, será realizada em Santiago. A declaração foi dada em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (30), em Santiago. A confirmação chega no mesmo dia em que várias fontes ligadas à Conmebol confirmaram ao UOL Esporte que a entidade já analisa novos lugares para a disputa da partida entre Flamengo e River Plate.
"Afirmamos nossa firme vontade e compromisso de realizar esta final", disse a ministra. "O governo nos deu total apoio para realizar a final da Libertadores em Santiago. O Ministério do Interior se encarregará de coordenar a segurança, para que seja uma festa esportiva que faça bem para o país. Vamos trabalhar para levar adiante esse encontro esportivo tão importante. O futebol pode ser uma boa chance para unir".
Segundo apurou a reportagem, o humor na entidade, que reafirmava a competição no Chile com convicção, se modificou de ontem (29) para hoje, especialmente em função dos cancelamentos da cúpula de líderes da Apec e da conferência de clima Cop-25. Desde o início dos protestos, a Conmebol tem reafirmado a realização do jogo em Santiago, onde já tem uma estrutura desenhada, visitada por times, e promoções de patrocinadores. Houve investimento para preparação do Estádio Nacional para o evento.
Após a declaração do governo do Chile reafirmando que dá garantias para que o jogo seja disputado, a própria Conmebol voltou a confirmar o jogo na capital chilena. "Por parte da CONMEBOL agradecemos pelo compromisso mostrado pelo governo do Chile para garantir as condições de segurança para a realização da final única da Libertadores 2019. A final é a celebração do futebol com e para o povo chileno. Seguimos avançando", diz um tweet da entidade.
O cancelamento de dois outros eventos deixou a Conmebol insegura. Internamente, longe de posições oficiais institucionais, dirigentes monitoram a situação e analisam qual seria a melhor alternativa em caso de mudança. O que se sabe por enquanto é que a realização de dois jogos, um na casa do Flamengo e outro do River, está praticamente descartada. O próprio regulamento da Libertadores prevê a final única, e mudar isso seria rasgar as regras.
Tão logo o tom subiu na última noite, entrou em pauta a transferência do jogo para um país fora da América do Sul, como foi feito com Boca Juniors x River Plate, em 2018 — disputado em Madrid por questões de segurança. A Conmebol não enxergou siso com bons olhos e praticamente descartou o cenário. Interlocutores de cidades como Miami, nos Estados Unidos, e Doha, no Qatar, correram para oferecer os locais, mas não animaram os cartolas da confederação sul-americana.
A ser uma final única no continente, estariam fora de cogitação opções como Argentina e Brasil, países dos dois times finalistas, o que geraria o favorecimento a um dos dois.
Quando cancelada a final da Sul-Americana em Lima, esta foi transferida para Assunção, no Paraguai, sede da Conmebol. Outra alternativa seria buscar países neutros, como o Uruguai. Mas não há nomes na mesa ainda. O que há é uma discussão da entidade sobre se será possível realizar a final no Chile e o que seria necessário para transferi-la.
A decisão não pode demorar muito porque há uma preparação para o jogo e as vendas de ingressos para torcedores de River Plate e Flamengo já começaram, assim como já tinham sido comercializados bilhetes para moradores do Chile.
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