"Falamos a mesma língua": como a TV aproximou Andre Luiz e Milene Domingues

O "Arquibancada Bandsports" estreou há pouco mais de um ano na TV. Apresentado pelo ex-jogador Amaury Nunes e exibido de terça-feira, às 22h, no canal exclusivo de esportes da Band, o programa conta com personalidades do futebol e convidados em discussões leves sobre os acontecimentos da semana. Entre os participantes que já passaram pelo estúdio estão nomes como Dodô, Alline Calandrini, Andre Luiz e Milene Domingues. Parte do público que vê o programa semanalmente pode nem saber, mas os dois últimos nomes desta lista vivem atualmente em um relacionamento sério.

Andre Luiz foi lateral-esquerdo e meio-campista. Começou a carreira no São Paulo, foi peça importante do Corinthians no fim dos anos 90, teve carreira sólida na Europa em clubes como o PSG e se aposentou em 2012, nos Estados Unidos. Ele tem 45 anos. Milene Domingues foi meio-campista, conhecida no início da carreira como "Rainha das Embaixadinhas". Ela defendeu o Corinthians e atuou no futebol europeu e na seleção brasileira. Hoje tem 40 anos. Os dois se conhecem há mais de 20 anos, mas se aproximaram por causa do convívio no programa de TV.

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"Ela jogava no Corinthians quando eu fui contratado, em 1997, mas o convívio era pouco. Depois nos encontramos em eventos de ex-jogadores. Até que chegou o programa. Não tinha expectativa nenhuma (de namorá-la). Eu sempre a admirei. E naquele momento eu estava solteiro, ela também, e aconteceu tudo de forma natural, num clima leve, sem pressão. É o que faz dar certo, porque quando você quer muito algo acaba atropelando", diz Andre, sobre o namoro de cinco meses com Milene, que deixou o programa para comentar a Copa do Mundo feminina pelo Grupo Globo e atua também como embaixadora do futebol feminino do Corinthians.

"A gente fala a mesma língua, isso ajuda muito. Você não tem que se readaptar ao universo da pessoa, principalmente na idade que estamos. Não tem dor de cabeça."

Lado torcedor não atrapalha na TV

Andre Luiz é torcedor do Corinthians assíduo em jogos do clube na Arena de Itaquera, figurinha carimbada no camarote FielZone. Seus três filhos (Enzo, 16, Maria Eduarda, 15, e Cauã, 11) também torcem pelo time: "Fui com a minha filha no jogo contra o Santos, ela está começando a acompanhar agora e fala que nunca viu o Corinthians jogar bem (risos). Ela é corintiana daquelas que vai, torce e fica triste quando o time não funciona", brinca o ex-jogador.

Ex-jogador de 81 partidas e oito gols pelo clube, ele acha que a torcida assumida pelo Corinthians não atrapalha na função de comentarista: "Eu sempre fui profissional ao limite em todos os times que joguei, sempre honrei a camisa e tive sucesso. Não é mais que a obrigação. Depois que paramos de jogar falamos mais abertamente. Eu não tenho nada a esconder, recebo elogios de são-paulinos, de pessoas que conhecem meu perfil e caráter e me respeitam. No programa temos liberdade de falar de todos os clubes, analisando de forma profissional."

O ex-lateral, com passagens inclusive pela seleção brasileira, foi convidado para fazer parte do Arquibancada Bandsports logo no início do programa, mas não aceitou o convite de primeira. Na ocasião, ainda estava em recuperação da cirurgia de retirada de um tumor na cabeça - assunto sobre o qual já falou diversas vezes e não gosta de tocar. Totalmente recuperado, aceitou o convite depois de seis meses. O principal atrativo foi o seguinte: trabalhar só uma vez por semana.

"Minha vida hoje é treinar na academia, jogar futevôlei quase todo dia com meus amigos, curtir a praia, meus filhos e tudo o que não tinha tempo antes. Cuido da minha saúde, faço esportes. Só o que me dá alegria e prazer. Uma vez por semana tenho o compromisso no Bandsports, mas o resto é sem pressão. Estou sempre aberto (para convites profissionais), mas não quero nada que atrapalhe as coisas de que gosto. O tempo é precioso, por isso faço as coisas que me fazem bem. Isso (o tumor) foi importante para eu valorizar coisas que antes não valorizava. Graças a Deus estou 100%, até melhor do que antes."

Andre Luiz foi treinador durante quatro anos das categorias de base do San Jose Earthquakes, dos Estados Unidos, mas não pretende seguir carreira: "Não tenho perfil para isso, ainda mais no Brasil."