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Mano elege clássico como seu melhor jogo e brinca com histórico no Allianz

Danilo Lavieri e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

30/10/2019 22h38

Mano Menezes elegeu o triunfo por 3 a 0 o São Paulo como o melhor jogo do Palmeiras sob o seu comando. Com gols de Bruno Henrique, Felipe Melo e Gustavo Scarpa, o Alviverde venceu o clássico desta quarta-feira (30) e manteve a perseguição ao Flamengo, que agora está sete pontos à frente no Brasileirão.

O time dominou quase todo o primeiro tempo e ainda reclamou de várias chances desperdiçadas. O treinador elogiou bastante a postura de sua equipe.

"A gente está muito contente com a atuação da equipe. Pela grandeza do jogo, pela importância, esse é o jogo que o somatório geral nos deixa mais realizados como equipe desde que eu cheguei", iniciou.

"Sempre que vamos planejar o jogo você pensa em algumas alternativas, mas eu não as fiz pensando no São Paulo. Pensei nas nossas características. Tivemos um primeiro tempo muito bom. E aí depois o São Paulo ia jogar mais e se arriscar mais. Construímos uma grande vitória para manter o histórico da casa", disse ele com um sorriso discreto.

Mano Menezes ainda admitiu que o estilo de jogo da equipe do Morumbi favoreceu o estilo de jogo armado por ele para a partida. O treinador lembrou de outras equipes que foram até o Allianz Parque e não saíram do campo de defesa.

"A verticalidade não é uma escolha de um lado só. É impossível ser vertical contra a Chapecoense do jeito que eles jogaram aqui. É impossível ser vertical contra o Atlético-MG. Você tem que ter paciência, rodar a bola, encontrar caminhos que hoje vai ter que estar mais aberto. Neste dia, temos que ser verticais. Quando recuperar a bola e aproveitar que o adversário está com sete jogadores no nosso campo e acelerar o jogo porque é o que tem que ser feito para o adversário não conseguir se organizar defensivamente.", finalizou.

Outras respostas de Mano Menezes

O São Paulo foi tão mal?

Quando você tem mais mérito, você induz o seu adversário a errar. Quando você força de forma inteligente, competente, você impõe de forma. Os nossos méritos estão aí. Eu não analiso a equipe dos outros e quem vai fazer isso é o Diniz. Era importante a gente ter um nível bom, futebol bem jogado. Tivemos oportunidades para chegar ao 3 a 0. E neste momento da competição, nesta hora, eu disse que iria perseguir. Eu queria mais posse, mais controle, mas não basta ter controle e posse, mas não ter chances de gols. Hoje a equipe realizou uma boa parte disso que a gente quer ver.

Deyverson em boa fase

Quando estava do outro lado e vinha jogar com o Palmeiras eu sempre achei que o Deyverson incomodava muito os adversários, não dava descanso para os zagueiros, apertava a marcação, arrumava, e veio glória e ele se perdeu um pouco em tomar cartões, cartões vermelhos e o treinador quer um jogador confiável. E é o que ele está fazendo com a ausência do Luis Adriano. E tem sido extremamente importante. Tem feito o que precisa fazer. A característica dele é de mais força, Luis Adriano não era exatamente um centroavante. Era um atacante. O Deyverson é mais centroavante, faz mais pivô, centralizado, ganha a primeira bola na disputa com os zagueiros muitas vezes. Usamos isso muito bem. Vamos aguardar a volta do Luis Adriano, o Ramires um pouco mais, mas estou satisfeito com o que a equipe vem aproveitando. Podemos evoluir e é um bom momento para evoluir.

O Deyverson é um jogador que tem características marcantes, te dá muita opção. Profundidade atrás da defesa, fazer correr para trás. É sempre difícil fazer a defesa correr para trás. Ele dá beirada, retenção, dá para trabalhar a bola para ele segurar. E às vezes o adversário te empurra para trás. E a gente sempre teve nele esse jogador.

Fase do Zé Rafael

Eu acho diferente você jogar com Avaí e jogar com o São Paulo. Todos nós achamos que tem uma diferença considerável. A gente entendeu que lá precisava de mais velocidade e o time ia ter a característica para isso. E depois no segundo tempo a chuva não deixou. E se fizer bem tecnicamente também vai crescer. Como o Zé hoje foi muito melhor do que nos outros jogos. E tanto Scarpa quando o Zé pode fazer o jogo por dentro. As escolhas, elas se devem a isso. Os jogos são diferentes, as estratégias são diferentes. Mas todos são importantes.

Trabalho do Jorge Jesus

Eu não sou analistas de treinadores, mas o trabalho é muito bom. Tão bom que mesmo que a gente fazendo uma campanha muito boa estamos a sete pontos e amanhã pode voltar para 10. Temos que nos preocupar com a gente, temos que fazer bem, vamos jogar para nós, para nosso torcedor, vamos entregar algo que nos deixe todos felizes. Depois vamos somar os pontos no final. Mas claro que o trabalho de lá é extraordinário.

Dudu centralizado

É a segunda vez que opto com Dudu por dentro. Ele já tinha jogado na estreia. Existe alguns adversários que isso vai melhorar e outros nem tanto.

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