Flu insiste em ídolos, mas plano volta a falhar; Marcão balança no cargo
O Fluminense tem em sua história lindas passagens de atletas que foram ídolos em campo e tiveram sucesso como treinador do clube. Tim, Didi, Telê Santana, Russo, Pinheiro... A lista é extensa. O problema é que o que dava certo no passado não vem compensando nas últimas tentativas. Exceto Renato Gaúcho, eternizado no panteão de heróis tricolores após o Gol de Barriga sobre o Flamengo em 1995 e campeão da Copa do Brasil de 2007 pelo Tricolor, a estratégia se mostra mais uma vez acidentada com o ex-volante Marcão, que nem bem foi efetivado e já balança no cargo.
O treinador repete a história de outros jogadores reconhecidos pelos louros de eras douradas do clube, mas que não obtiveram no banco de reservas o mesmo sucesso que fez a torcida guardar seus nomes com carinho.
Foi sob o comando de Deley, volante do time que venceu o Campeonato Brasileiro de 1984 (bem como os Cariocas de 1980, 1983, 1984 e 1985), por exemplo, que o Flu viveu parte de seu maior vexame, na Série B de 1998. O Tricolor seria rebaixado para a terceira divisão com Sérgio Cosme, mas foi o ex-jogador, torcedor fanático, que já foi até candidato a presidente do clube, que iniciou a trajetória.
No mesmo ano de 1998, outro ídolo treinou a equipe: Edinho, zagueiro da Máquina Tricolor e companheiro de Deley no título carioca de 1980. Com ele as coisas não foram diferentes. Apesar de guardar bom aproveitamento como treinador da equipe e ter vencido duas Taças Guanabara comandando o Fluminense em 1991 e 1993, o técnico acabou demitido por maus resultados em suas três passagens. Nunca, entretanto, negou convites de seu time do coração.
Outro que também não teve boa passagem como treinador foi Ricardo Gomes, que conquistou apenas 46% dos pontos como treinador do clube que lhe deu a fama no futebol. Arturzinho, Robertinho e Cristóvão foram outros grandes em campo e não tão lembrados por seus trabalhos na área técnica. Já Fernando Diniz não teve tanto destaque como jogador ou como treinador, deixando o Flu com apenas 12 pontos em 15 jogos no Brasileirão.
A situação de Marcão ainda não é calamitosa como a de Deley, tampouco se iniciou vitoriosa como a de Edinho, mas reflete um problema de um clube com dificuldades de olhar para a frente. O ex-volante até começou bem: foram quatro jogos sem perder, com três vitórias e um empate. De lá para cá, entretanto, vieram três derrotas e um empate, e seus 45,8% de aproveitamento deixam o Fluminense em situação difícil na competição.
A situação aumenta a pressão sobre o técnico, justamente com um clássico pela frente, contra o Vasco, rival que o Tricolor não vence há nove jogos. São sete derrotas e dois empates nesse retrospecto recente. Com 30 pontos no campeonato, o Flu pode entrar na zona de rebaixamento já na 29ª rodada. O clássico, além da história e dos três pontos, pode muito bem valer sua permanência no cargo.
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