Tardelli e Luciano compensam ausência de meias e encaixam 'novo' Grêmio
As ausências de Luan e Jean Pyerre, lesionados, forçaram o Grêmio a buscar outra estrutura ofensiva. A saída encontrada, até agora, é o rodízio entre Diego Tardelli e Luciano. Uma divisão de tarefas que também confunde adversários e abre espaço. Deu certo contra Botafogo e Vasco e deve continuar no Gre-Nal 422, domingo, na Arena do Grêmio.
É uma espécie de novo Grêmio. Sai a função de entrelinha, tão bem desempenhada por Luan até 2017, e entra a amplitude e profundidade, com variação de Tardelli e Luciano.
Jean Pyerre, meia-atacante que recuava mais para perto dos volantes e agregava passes longos e lançamentos precisos, já era uma alteração da estrutura média do Grêmio recente. Com lesão na coxa, ele não tem previsão de retorno ainda. Por isso o improviso é importante.
Depois de lançar mão de Michel diante do Flamengo, na Libertadores, Renato Gaúcho mudou o time contra o Botafogo. Diego Tardelli pegou a vaga de André e Luciano, o lugar do volante. A ordem era rodar sempre, trocando posição e função, em busca de espaço e superioridade.
Na vitória de 3 a 0 do último domingo, Tardelli caiu mais pela direita e também explorou o centro do campo. Luciano atuou dentro ou próximo da grande área. Na teoria, o camisa 9 foi armador e o 18 centroavante. Na prática, os dois foram um misto das duas funções.
Diego Tardelli tocou 62 vezes na bola contra o Botafogo, enquanto Luciano, 38. Diante do Vasco, foram 57 toques contra 53, respectivamente. Os dados do SofaScore dão sinais das funções básicas. Um recua e participa mais da construção da jogada. O outro, espera perto do gol adversário a chance de gol ou o pivô.
"Luciano e Tardelli se comportaram bem nos dois jogos. A gente sabe que tem jogadores importantes fora, mas quando mexo as peças o jogador está pronto e pode dar conta do recado", tergiversou Renato Gaúcho, quando perguntado sobre o papel de cada um da dupla.
Diante do Internacional, a tendência é que ambos estejam em campo. André, outra peça do ataque, perdeu lugar na equipe ao longo da temporada e voltou à escalação pontualmente diante do Flamengo. A atuação dele no Maracanã rendeu críticas pesadas e status de vilão. Internamente, o Grêmio já pensa o que fazer com o camisa 19 no ano que vem.
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