Na "seca" do ataque, Flu usa pouco "Casal Sub-20", que fez 56 gols em 2018
Resumo da notícia
- João Pedro e Marcos Paulo atuam juntos desde 2011, e marcaram 56 gols em 2018
- Tricolor só jogou 90 minutos com a dupla uma vez, no empate com a Chape, no 1º turno
- Fase de JP, que fez 10 gols no ano, é ruim: camisa 23 não marca há 12 jogos
- Marcos Paulo vem bem como titular: fez gol na Chape e foi destaque contra o Vasco
- Yony González, que tem status de titular absoluto, fez um gol nos últimos 18 jogos
- Colombiano só foi substituído uma vez por Marcão, apesar de irritar a torcida
O Fluminense tem um problema crônico no Campeonato Brasileiro: cria muitas chances, mas faz poucos gols. Terceiro pior ataque do returno com apenas sete gols marcados, o Tricolor estacionou na 17ª colocação, com 31 pontos, e tem sofrido com o problema na sequência de cinco jogos sem vitória na competição. Mesmo com a "seca" do ataque, o Flu usou pouco uma dupla que chegou a ser apelidada de "Casal Sub-20": Marcos Paulo e João Pedro, de entrosamento comparado aos ídolos Assis e Washington, conhecidos como o Casal 20.
Juntos, os atacantes combinaram para 56 gols na base tricolor em 2018: 36 de João Pedro e 20 de Marcos Paulo - que atuou menos por conta de convocações para seleções de Brasil e Portugal. Mas nos profissionais, mal atuaram lado a lado. Curiosamente, ambos encantaram contra o Cruzeiro, na vitória por 4 a 1 no primeiro turno que, para muitos, foi a melhor atuação da equipe em todo o Brasileirão. A dupla completou 90 minutos unida apenas uma vez: no empate por 1 a 1 contra a Chapecoense, na Arena Condá. Ambos tiveram boas performances.
A fase de João Pedro não é das melhores. Mas com 10 gols em 2019, é o vice-artilheiro dentre os jogadores que seguem no Flu em 2019, já que Luciano e Pedro deixaram o clube. O atacante não marcou nos últimos 12 jogos e já pode chegar a dois meses sem balançar as redes. Vaiado pela torcida na derrota para o Athletico, saiu do time e não mais voltou.
Quem virou titular foi justamente Marcos Paulo, que vem correspondendo às chances, após pedidos da torcida. Atuando pela ponta e pelo meio, o camisa 32 já soma quatro gols em 2019, além de três assistências. Recentemente, o atacante deu força ao parceiro em entrevista.
"A gente sempre vem conversando. Desde a base falamos sobre paciência, que temos que ter paciência. Ele teve o momento dele, mas agora não estava fazendo gol, a torcida pegou no pé. Mas ele sabe que o momento dele vai voltar. Ninguém aqui está de sacanagem, quer fazer o melhor", declarou.
No segundo tempo do empate contra a Chapecoense, os dois atuaram juntos por 40 minutos. A atuação da equipe não foi das melhores, mas o entrosamento ficou nítido para o torcedor. No clássico contra o Vasco, a torcida não chegou a clamar pelo nome de JP, mas chiou pela opção de Marcão por Nenê na última substituição que possuía - as outras duas foram por questões físicas. Necessitando de um centroavante em campo, o técnico optou por manter o colombiano Yony González nos 90 minutos.
O problema é que a fase do gringo é ainda pior: ele marcou apenas uma vez em 18 jogos. Forte e rápido, o jogador cumpre importante função tática na equipe - que teve mexidas na última partida -, o que ajuda, mas não justifica seu status de titular absoluto.
Nas nove partidas em que comandou o Flu, Marcão substituiu o jogador apenas uma vez, logo em sua estreia, na vitória contra o Grêmio, mas apenas para ganhar tempo, aos 45 da segunda etapa. Contra o Vasco, Yony teve má atuação e finalizou apenas uma vez, para fora. O colombiano perdeu seis das oito disputas que teve pelo chão e irritou os torcedores em alguns lances.
Na zona de rebaixamento, o Fluminense precisa voltar a marcar e vencer jogos para se manter na Série A em 2020. A equipe do técnico Marcão tem um difícil compromisso na quinta-feira (7), quando enfrenta o São Paulo, no Morumbi, às 19h30.
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