Museu do PSG tem menção a jogo com Corinthians e "overdose" de Raí
O recém-inaugurado museu do Paris Saint-Germain abusa da imagem do brasileiro Raí, que defendeu o clube entre 93 e 98. O ex-jogador tem imagens marcantes espalhadas pelas sala de troféus localizada no interior do estádio Parque dos Príncipes e é exposto como o maior jogador da história do PSG. O espaço conta com poucas imagens de Neymar e uma outra ligação com o Brasil chama a atenção: um troféu celebrando um amistoso realizado contra o Corinthians, em 2000.
O duelo contra o Corinthians foi realizado no Parque dos Príncipes e terminou empatado por 2 a 2. O encontro é especial para o PSG, pois representou a festa de estreia do atacante francês Nicolas Anelka e o adversário foi anunciado como o "campeão do mundo", uma vez que o time paulista havia conquistado o Mundial de Clubes no mesmo ano, no Brasil. Pelo Corinthians, Luizão foi o autor dos dois gols do time.
O UOL Esporte realizou o tour no museu acompanhado de Jonathan Candan, o historiador francês contratado pelo PSG para criar o espaço. "A ligação com o Brasil foi muito explorada. O clube tem vínculo com o Brasil ainda maior que o próprio francês. E na minha visão o Raí, pode não ser o melhor, mas ele é o jogador mais importante da história do PSG", comentou Jonathan.
"O Raí é cavalheiro, tem ligação de amor com a cidade e muito respeito pelo PSG. Aqui é comum ouvir que o Pauleta, Ibrahimovic, Cavani são craques entre os melhores jogadores da história do clube. Mas, para mim, o Raí representa a mudança de imagem do PSG, ganhando títulos e o colocando como um dos principais clubes da Europa", argumentou.
A exposição de Raí ainda conta com um vídeo exibido em quatro telões gigantes em 360 graus com sua despedida do clube. Um marcante choro diante da torcida do PSG no Parque dos Príncipes é relembrado com o som ambiente e intercalado com imagens de gols do brasileiro.
"Já conhecia o Raí. O que não sabíamos era essa grandeza. Imaginávamos ver Ronaldinho, Neymar, Ibrahimovic, Mbappé. Mas é normal essa ligação com o passado e fiquei satisfeito com o que vi de história por aqui", comentou um turista romeno que visitou o museu do PSG.
Para realizar o tour, o PSG cobra 27,50 euros (aproximadamente R$ 125). O ingresso dá direito a conhecer o campo do Parque dos Príncipes e os vestiários. A sala de museu ainda é pequena, e está improvisada em um espaço VIP ocupado por patrocinadores em dias de jogos.
No local, o PSG exibe como destaque o troféu da Recopa Europeia, conquistado na temporada 95/96. O título é considerado o importante da história do clube.
Por conta do orgulho com a conquista da Recopa, o PSG também exibe na exposição a camisa utilizada na final contra o Rapid Vienna, da Áustria. No jogo vencido por 1 a 0, Raí conta com vários quadros e a lembrança da atuação como titular.
No local, os troféus do Campeonato Francês (oito títulos no total), da Copa da França (12 conquistas) e Supercopa da França (9 vezes) também são exibidos.
Já a exposição de Neymar está toda voltada à linha cronológica dos 49 anos de vida do clube. O ano de 2017 da chegada do atacante brasileiro, e também do francês Mbappé, é apresentado como "grandes contratações" e já conta com números da dupla, além de fotos das conquistas de dois títulos nacionais, duas Copa da França e uma Copa da Liga da França.
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