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OPINIÃO

Presidente do conselho fiscal do Bota renuncia após reunião com Montenegro

Reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo na sede de General Severiano - VITOR SILVA/BOTAFOGO
Reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo na sede de General Severiano Imagem: VITOR SILVA/BOTAFOGO

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/11/2019 22h07

O presidente do conselho fiscal do Botafogo, Ricardo Wagner, renunciou ao cargo na noite desta segunda-feira. Mais cedo ele participou, juntamente com outros integrantes da diretoria, de uma reunião com o ex-presidente Carlos Augusto Montengro. O clube foi até ao ex-mandatário pedir ajuda financeira para pagar salários atrasados, o que ainda não foi resolvido. A informação foi veiculada primeiramente no globoesporte.com.

Mesmo assim, Ricardo Wagner decidiu deixar o cargo. Segundo ele, o seu grupo, o Mais Botafogo, não tem mais condições de tirar o clube do buraco que se encontra no momento e, por isso, chegaram à conclusão que a única solução era admitir os erros cometidos e pedir ajuda aos cardeais de maneira clara e direta.

"O Botafogo passa por situação difícil. Essa tensão politica só piora e dificulta o nosso objetivo. Queremos chegar em 2020 como clube empresa. É fundamental. Precisa terminar 2019 de maneira honrosa ou ficará muito complicado. Procuramos o Montegegro e dissemos que cada vez mais ele esteja junto e ajudando. Deixamos bem claro que precisamos muito disso. Renunciei com o objetivo de mostrar que precisamos disso. Quando virar empresa, não precisará mais de grupo político. Ideia que outras mudanças ocorram ainda nessa semana", disse Ricardo ao UOL Esporte.

"A minha ideia é cada vez mais empoderar o Nelson Mufarrej [presidente] e que ele conduza a situação para virarmos empresa. Precisamos de todas as correntes unidas. O Mais Botafogo já ajudou muito o clube, mas hoje não temos o remédio necessário para tirar o clube de onde está. Não estamos conseguindo e tem que ter humildade para reconhecer. Tomei minha decisão e o grupo vai discutir internamente. Mas todos concordando que é preciso despolitizar", completou o agora ex-presidente do conselho fiscal.

Ricardo Wagner disse que sua decisão não foi um pedido de Montenegro durante a reunião. Segundo ele, o ex-presidente se colocou à disposição para ajudar e deverá trazer novidades nos próximos dias.

"De maneira alguma. Montenegro é um botafoguense, um lorde. Todo gesto dele é desapegado. Grande botafoguense. Não exige saída de ninguém, de nada. Mas precisamos demonstrar que dá mesma forma que ele ajuda sem exigir nada, nós precisamos mostrar que estamos do mesmo barco", completou.

A expectativa é que o Montenegro lidere um grupo de cardeais que ajudem neste fim de ano com os salários atrasados. Nesta quinta-feira alguns jogadores completam três meses de dívidas. Em meio a tudo isso, o Alvinegro luta ferrenhamente contra o rebaixamento. O time é o 14º colocado, com 33 pontos, dois a mais que o Fluminense na degola.

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