Reunião às pressas liga alerta e "final garantida" no Chile ainda é dúvida
A Conmebol convocou clubes e confederações envolvidas na final da Libertadores para uma reunião amanhã (5), em Assunção (Paraguai). Na pauta, uma "revisão" sobre a organização o jogo único marcado para o próximo dia 23, em Santiago. Fora do cronograma inicial, o encontro foi organizado às pressas e ligou o sinal de alerta nos convidados
Após semanas garantindo a partida em solo chileno e contando com o respaldo do governo local, a confederação sul-americana resolveu reunir todos os envolvidos e busca um consenso para uma "decisão final", como alguns convidados definiram. O clima na capital chilena segue quente por conta de protestos populares que ganham corpo dia após dia.
Abordado por dirigentes brasileiros, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi breve: "Tranquilo, tranquilo", disse, evitando fazer alarde ou antecipar qualquer definição.
Fato é que o encontro que não constava em qualquer agenda antes desta segunda-feira (4) deixou todos preocupados. Há quem diga que será apenas uma oportunidade de se sentarem todos à mesma mesa. Outros mais pessimistas acreditam que Domínguez começará a andar com a ideia de um plano B, algo que já é internamente cogitado na entidade. A "final garantida", como anunciado pelo governo chileno na última semana, já não é mais vista com tanta garantia assim.
Pelo lado brasileiro, marcarão presença o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o presidente da CBF, Rogério Caboclo. Representantes de River Plate, federação argentina e federação chilena completarão a reunião na Conmebol.
Mudança de cidade e nova data
O Flamengo não vê com bons olhos uma mudança de palco, especialmente pelas poucas opções disponíveis. Um dos cenários cogitados seria a troca para Montevidéu (Uruguai), mas o Fla entende que isso favoreceria o deslocamento de argentinos ainda mais. Esse cenário, no entanto, seria inviável, já que o país vizinho terá eleição presidencial um dia após o jogo - no domingo, dia 24.
Assunção (PAR) é uma outra alternativa, mas a cidade será palco de Olimpia e Cerro Porteño também no dia 23. Lima (Peru) tentou sediar a decisão, mas os peruanos estão sem prestígio político desde que não conseguiram cumprir à risca o cronograma da Sul-americana e tiveram de "passar" para o Brasil a organização da Copa do Mundo Sub-17. A hipótese de duas partidas foi inicialmente descartada, assim como a realização da finalíssima fora da América do Sul.
Uma nova hipótese já ventilada nos corredores da Conmebol é a alteração da final para o dia 30, facilitando toda a movimentação logística de Santiago para uma nova cidade. Assunção, por exemplo, teria uma data livre e tempo para se organizar. Até mesmo a manutenção na capital chilena nesta nova data - com os protestos controlados - não está descartada.
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