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Top-5 salários do Santos somam 15 participações em gols, todas de Soteldo

Soteldo, camisa 10 do Santos, em atuação contra o Botafogo - Ivan Storti/Santos FC
Soteldo, camisa 10 do Santos, em atuação contra o Botafogo Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

05/11/2019 04h00

O Santos não poupou esforços no mercado de transferências para reforçar o elenco para a temporada de 2019. Foram quase R$ 80 milhões gastos em 14 reforços para a equipe principal, sendo a esmagadora maioria deles pedidos diretos do técnico Jorge Sampaoli. Mesmo assim, alguns investimentos se mostraram equivocados e, hoje, os cinco maiores salários do Peixe na CLT somam 15 participações em gols, todas de um único atleta: Soteldo.

O pequenino venezuelano foi o investimento mais certeiro da temporada. Ele possui um salário cerca de R$ 100 mil mais baixo do que o de Uribe, o maior do elenco, e vem se destacando cada vez mais em campo. Além da qualidade no drible, o camisa 10 marcou nove vezes na temporada e distribuiu seis assistências.

O quarteto restante do top-5 vem sendo um verdadeiro desastre: Uribe, Cueva, Bryan Ruiz e Cléber Reis. Os vencimentos dos quatro somados ao de Soteldo chegam a R$ 1,5 milhão, somente na CLT. Com direitos de imagem, o valor ultrapassa os R$ 2 milhões.

No início do ano, o caso mais emblemático era o de Bryan Ruiz, que sequer entrou em campo nesta temporada com a camisa do Peixe. Contratado em julho do ano passado, o meia atuou 14 vezes pelo Santos e deu duas assistências. Com a chegada de Sampaoli, porém, não suportou o ritmo intenso de treinamentos e pediu para ser negociado. Sem interesse formal, segue treinando e fora dos planos.

No entanto, o caso do peruano Cueva se tornou pior do que o do costarriquenho. O camisa 8 não era a primeira opção, mas estava em uma lista de jogadores indicados pelo técnico Jorge Sampaoli e foi contratado por R$ 26 milhões. 17 jogos e muita polêmica depois, o meia está afastado e completamente fora dos planos. O Peixe sequer começou a pagar pelo atleta, já que a primeira das três parcelas vence em janeiro.

O centroavante Uribe, outro pedido do técnico argentino, chegou para solucionar os problemas da camisa 9. O Santos pagou cerca de R$ 6 milhões para tirá-lo do Flamengo, descontando do valor a receber pela venda de Bruno Henrique, e aumentou os vencimentos do atacante para trazê-lo para a Vila Belmiro. Até aqui são 11 jogos e nenhum gol marcado. Há nove partidas o colombiano não tem chance como titular no eterno rodízio de Sampaoli.

Já o zagueiro Cléber Reis foi uma herança da administração Modesto Roma Jr. O defensor recebe um salário maior do que o de Gustavo Henrique, por exemplo, que ainda não conseguiu entrar em acordo com o Peixe para renovar seu contrato e pode deixar o clube de graça em janeiro. Cléber veio do Hamburgo, da Alemanha, por R$ 7,3 milhões, mas o Santos nunca pagou qualquer valor ao clube alemão até a saída do ex-presidente.

A atual gestão, do presidente José Carlos Peres, precisou fazer acordos para quitar a dívida com incidência de juros. Cléber está emprestado até o final do ano disputando a Série B pelo Oeste. O defensor vem se destacando e já anotou três gols. O Peixe conta com a exposição para conseguir negociar o jogador.

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