Di Maria vai melhor sem Neymar e gera debate no vestiário do PSG
Com a longa ausência de Neymar na temporada, o Paris Saint-Germain consolidou uma formação que foi capaz de resultados expressivos, como as três vitórias nos jogos da Liga dos Campeões (3 a 0 no Real Madrid, 1 a 0 no Galatasaray e 5 a 0 diante do Brugges). O time encaixou o sistema 4-3-3 e viu Angel Di Maria tomar o papel de protagonista. O argentino demonstra melhor rendimento quando atua sem o brasileiro e gera um debate interno de como escalar a equipe quando o astro brasileiro estiver disponível. O PSG volta a atuar sem o camisa 10 nesta quarta-feira, diante do Brugge (BEL), no Parque dos Príncipes, pelo torneio continental.
A princípio, ter Neymar, Di Maria, Mbappé e Icardi atuando juntos parece uma obrigação do treinador Thomas Tuchel. O problema é alinhar a formação com os quatro atacantes em campo e ainda encontrar um equilíbrio defensivo mesmo com a saída de um volante entre os três escalados atualmente: Gueye, Verratti e Marquinhos.
"Essa é uma bomba para o treinador, eu prefiro nem opinar. A gente fica fazendo projeções nos vestiários, conversando entre nós sobre possibilidades e tentando entender como funcionará o time. O Neymar vai jogar, claro, e ninguém sabe dizer como vai ficar a equipe", comentou Marquinhos.
Em recuperação de lesão na coxa esquerda, Neymar já treina com bola e tem a volta ao time titular prevista para o duelo com o Lille, dia 22 de novembro, pelo Campeonato Francês. O plano traçado pela comissão técnica é de que no dia 26 de novembro, contra o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, pela Liga dos Campeões, ele jogue os 90 minutos.
O sucesso de Di Maria sem Neymar
Atuando também como armador quando Neymar não está em campo, Di Maria é mais vezes acionado. O poder de definição também aparece seja em finalizações de fora da área, como em cobranças de falta. Os números do argentino sem o brasileiro crescem consideravelmente ao ponto de ser o jogador do elenco com a maior participação em gols na temporada, com 6 gols marcados e 8 assistências realizadas, em 19 jogos no total.
Di Maria esteve ao lado de Neymar como titular nos cinco jogos do brasileiro pelo time na temporada. No período, o argentino não marcou gols e tem apenas uma assistência. Já Neymar fez 4 gols, sem realizar nenhuma assistência.
Desde que chegou ao PSG em 2017, Neymar fez 54 jogos ao lado de Di Maria. O argentino soma 17 gols e 12 assistências nas partidas em questão. Já sem Neymar, Di Maria tem 30 gols e 14 assistências, em 50 jogos realizados.
"Sem o Neymar, o Di Maria tem maior liberdade em campo. Passa a ter presença importante vindo pelo meio-campo e escolhe o lado que tiver mais facilidade para atuar dependendo do jogo. É o maior beneficiado pela ausência do Neymar sim, mas atingiu um nível que não adianta pensar no time sem ele mesmo com todos disponíveis", destacou Frédéric Gouaillard, reporter do jornal francês Le Parisien.
Escalar Di Maria como titular ao lado de Neymar é considerado no PSG um dos principais feitos de Thomas Tuchel. A opção foi viabilizada com o deslocamento do camisa 10 para o meio-campo. Aqui, cabe lembrar que o antecessor, o treinador espanhol Unai Emery, optou por deixar o argentino no banco na temporada de estreia do brasileiro.
"Não estou surpreso com o Di Maria, pois sempre soube que ele era capaz de decidir jogos. Tem uma qualidade de definição excepcional e estatísticas relevantes que mostram o merecimento em estar jogando", elogiou Thomas Tuchel.
A escolha por Di Maria em muito se deve ao fato de o argentino ter no currículo um título da Liga dos Campeões. Em 2014, na conquista com o Real Madrid, ainda foi eleito pela Uefa o melhor jogador da final na vitória por 4 a 1 na prorrogação contra o Atlético de Madri.
"Sim que a minha experiência ajuda o time, sinto que tenho muito a contribuir. Mas o importante é estar preparado para jogar seja qual for a escalação, e a formação. O Neymar é o nosso principal jogador e sempre vamos torcer pela presença dele", destacou o argentino.
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