Trio de R$ 735 mil do Bota não se encaixa em filosofia e complica Valentim
A situação do Botafogo não é nada fácil neste Campeonato Brasileiro. Além de estar a apenas dois pontos da zona de rebaixamento, o clube passa por um processo de adaptação após a chegada do técnico Alberto Valentim. Apesar de conhecer a maioria do grupo, alguns atletas renomados chegaram nesse meio tempo e criaram um dilema, que deixou a luta contra a degola ainda mais dramática.
Valentim gosta de montar times ofensivos e que tenha bastante intensidade, seja na marcação ou para atacar. O problema é que o elenco atual foi montado para um outro estilo de jogo, com posse de bola mais cadenciada e que não exigisse fisicamente como vem ocorrendo agora. São os casos de Diego Souza, Cícero e Leo Valência que tem os maiores salários do elenco e somam R$ 735 mil mensais ao clube.
Exatamente por isso, o treinador se viu na obrigação de sacar os medalhões do time. Cícero e Diego Souza perderam a vaga no time titular e sequer foram aproveitados durante o segundo tempo na derrota para o Santos. A dupla tem qualidade técnica reconhecida, mas não apresenta a mesma pegada dos últimos anos.
Cícero vinha sendo escalado como primeiro volante, mas deu claros sinais de que não consegue mais jogar nesta função. Chega atrasado em vários lances, comete faltas desnecessárias e acumula cartões amarelos. Ele teve um bom início de Brasileiro, quando marcou gols importantes, o que já não vinha ocorrendo.
Diego Souza, por sua vez, foi contratado para ser o camisa 9 do Botafogo. O problema é que a bola quase não chegava e, então, foi recuado para armar o time. Pesado e com 34 anos, o jogador não correspondeu à expectativa e decepcionou. Perdeu a vaga contra o Santos e ainda não se sabe se voltará ao time contra o Flamengo.
No último jogo, Valentim fez várias mexidas, mas nem todas por opção. Mesmo em má fase, Luiz Fernando está nos planos. Alex Santana seguiu no banco de reservas, mas apenas enquanto não recupera forma ideal após longo período lesionado. Leo Valência é um jogador que tem boa técnica, mas deixa a desejar em outros aspectos - situação semelhante com Diego Souza e Cícero.
"A proposta com esses jogadores [Wenderson, Igor Cássio, Fernando e Bochecha] seria começar o primeiro tempo como começamos o segundo. Não via o jogo de hoje muito para o Diego. Precisávamos de jogadores mais ágeis e com outras características para tentar vencer o Santos", disse Alberto Valentim após a goleada.
O grande problema de Valentim é a falta de opções. Poucos discordariam da decisão do treinador de sacar Diego Souza, Cícero e Leo Valência. O problema é que o Botafogo não se reforçou na janela do meio do campeonato e ficou com poucas peças. Tanto que o contestado Rodrigo Pimpão se lesionou e tem feito falta ao time.
Neste cenário, o treinador terá que recuperar e encontrar uma forma de fazer os medalhões voltarem a render o que deles se espera. Apostar todas as fichas em jovens atletas com pouca rodagem parece uma decisão um tanto quanto precipitada neste decisivo momento da temporada.
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