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Atlético-MG

Acusados de injúria racial no Mineirão querem se desculpar com segurança

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

12/11/2019 13h14

Os torcedores que ofenderam o vigilante Fábio Coutinho após o clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG foram identificados e irão prestar depoimento na Delegacia Civil da Pampulha, em Belo Horizonte. A informação é da advogada dos dois, Aline Lopes Martins de Paula.

Em conversa rápida com o UOL Esporte, ela também afirmou que eles "pretendem se desculpar com o segurança Fábio Coutinho pelo ocorrido no Mineirão, no último domingo". Além disso, ela disse que "um deles não usou a palavra 'macaco' ao discutir com o segurança". Segundo ela, a palavra usada é "palhaço".

Entenda o caso

Na tarde de domingo, após o empate em 0 a 0, os dois torcedores do Atlético-MG e Fábio Coutinho se envolveram em uma confusão generalizada. Nesse momento, um dos atleticanos disse: "olha a sua cor". Em reação ao ato, o segurança respondeu: "você é racista?".

O vídeo (no topo da notícia) foi publicado pela Rádio 98FM e repercutiu de forma negativa. As críticas fizeram com que a diretoria do Galo se manifestasse por meio das redes sociais: "O Clube Atlético Mineiro repudia veementemente qualquer ato de violência, incluindo racismo, injúria ou ofensa moral, seja no estádio ou fora dele. As diversas imagens que circulam em redes sociais são lamentáveis e devem ser objeto de rigorosa apuração".

Em entrevista ao UOL, Fábio relatou que recebeu cusparadas do torcedor: "Eu vou ser sincero, vou dar um relato aqui. Sou vigilante, sou profissional da área de segurança. Não vou me vitimizar, mas foi uma atitude muito baixa e rasa da parte dele. Se puder encontrar essa pessoa, seria bacana ele servir como lição. Não foi só uma atitude racista, ele cuspiu na minha face. Em vários momentos, ele tocou com os dedos em minha face", disse à reportagem.

"É até difícil falar agora, porque isso demonstra que em momento algum, eu tive uma atitude agressiva com ninguém ali. Eu permiti que pudessem passar ali crianças, enfim... O local que você [repórter] estava, você sabia que a torcida do Galo não poderia passar por ali. Era a integridade física dos profissionais da imprensa e até os torcedores do Cruzeiro. Foi uma agressão gratuita da parte dele ", acrescentou.

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