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Apagado no SPFC de 2019, Pato tem média de gol pior do que no Corinthians

Alexandre Pato durante partida, do São Paulo - Marcello Zambrana/AGIF
Alexandre Pato durante partida, do São Paulo Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

15/11/2019 04h00

Pouco depois de ser contratado pelo São Paulo, Fernando Diniz fez questão de elogiar o elenco tricolor, em especial Alexandre Pato. O atacante, na opinião do treinador, é dono de um talento singular e um dos melhores jogadores do Brasil. No entanto, a apatia nos últimos confrontos e a baixa produção fazem o camisa 7 se aproximar muito da imagem daquele atleta que saiu pela porta dos fundos do Corinthians. Por isso, não é de se estranhar que na derrota para o Athletico pela 32ª rodada do Brasileirão, por exemplo, ele tenha sido apenas a quarta opção.

Na ocasião, o técnico escalou o trio ofensivo com Antony, Pablo e Vítor Bueno. Na hora de o técnico fazer as mudanças para tentar deixar o time mais objetivo, ganharam chance no setor Raniel e até mesmo o jovem Gabriel Sara, que neste segundo semestre ainda integra o sub-20 quando necessário.

Os números podem ajudar a justificar tal decisão. Com a camisa do Tricolor paulista neste ano, Pato disputou 22 partidas, marcou cinco gols (0,22 por jogo) e não deu assistências. A última vez que ele balançou as redes foi em sua melhor apresentação na temporada, no clássico com o Santos - na vitória por 3 a 2, no dia 10 de agosto. Ou seja, ele completará um turno do Campeonato Brasileiro sem balançar as redes se passar em branco na partida com o time da Baixada amanhã (16), na Vila Belmiro.

Por opção de Diniz, Pato não é titular desde a derrota para o Palmeiras, no dia 30 de outubro. Para além dos números fracos, chamam a atenção também a displicência e a apatia do atacante durante as últimas partidas. Tal postura faz com que a torcida também veja o atacante com um rendimento muito mais próximo daquele atleta que não vingou no arquirrival.

Quando foi contratado pelo Corinthians em 2013, o jogador era visto como um atleta com potencial para fazer uma revolução no clube semelhante à imposta por Ronaldo. Mas a expectativa caiu por terra com o tempo. O pênalti desperdiçado em eliminação da Copa do Brasil em duelo com o Grêmio foi o estopim. Ele perdeu moral até com Tite. Então comandante alvinegro, o técnico teria dado bronca no jogador na frente dos demais colegas de elenco.

A torcida alvinegra perdeu a paciência e, em 2014, as diretorias de Corinthians e São Paulo costuraram uma troca de Pato por Jadson. O meia brilhou no arquirrival, enquanto Pato caiu nas graças dos tricolores. O atacante teve participação importante no vice-campeonato Brasileiro de 2014 e se mostrou identificado com o clube.

Como consequência, quando deixou o clube do Morumbi, os pedidos são-paulinos em redes sociais por seu retorno viraram uma constante: passou a ser tratado como ídolo, enquanto vestia as camisas de clubes como Chelsea, Villarreal e Tianjin Tianhai. Tal reconhecimento motivou a atual diretoria de futebol a fazer grande esforço para contratá-lo neste ano, mesmo sem a indicação do então técnico Cuca, desbancando o Palmeiras.

Agora, essa mesma diretoria e a comissão técnica se empenham em tentar fazer o jogador, de 30 anos, recuperar o seu melhor futebol. Pato tem contrato com o Tricolor paulista até 31 de dezembro de 2022.

As versões de Alexandre Pato

2019 no São Paulo

22 partidas
5 gols
média de 0,22 gol por jogo

2014/2015 no São Paulo

98 partidas
38 gols
média de 0,38 gol por jogo

2013 e 2014 no Corinthians

62 jogos
17 gols
média de 0,27 gol por jogo

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