A seleção brasileira perdeu ontem para a Argentina por 1 a 0, em amistoso disputado na Arábia Saudita, e chegou a cinco jogos seguidos sem vitórias, a pior marca desde 2013 e o maior jejum sob o comando de Tite. O momento ruim já causa insatisfação em parte dos torcedores, que mobilizaram até uma campanha virtual para pedir a demissão do treinador. Mas será mesmo que é o momento de a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pensar em uma troca de comando?
Tite está à frente da seleção há pouco mais de três anos, tendo assumido o cargo após a demissão de Dunga, eliminado na primeira fase da Copa América de 2016. Nesse período, o técnico ficou em primeiro nas Eliminatórias da Copa de 2018, foi eliminado nas quartas de final do Mundial pela Bélgica e conquistou o título da Copa América de 2019 em casa.
Confira o que pensam os blogueiros do UOL Esporte sobre a permanência de Tite na seleção para 2020:
Paulo Vinícius Coelho
Tite deve seguir, mas precisa da sensibilidade para fazer mudanças no time titular. Não dá para dizer que Tite é conservador, porque dos 62 convocados depois da Copa do Mundo, 32 deles (51%) não tinham sido chamados antes. Mas há gente pedindo passagem. Caso de Rodrygo. Não precisa ser campeão mundial de amistosos. Mas precisa voltar a jogar bem.
Juca Kfouri
Nada é justo com uma direção da CBF que entende apenas de negociatas e nada de futebol. Pena que Tite tenha se deixado seduzir por ela.
Renato Maurício Prado
Não somente acho justo pensar em demitir o Tite, como creio que isso seria o mais adequado para a seleção. Ele se perdeu por completo na Copa da Rússia e segue desorientado até agora - a Copa América aqui foi o famoso "Me Engana que eu Gosto". Tite não consegue se desgrudar da maioria daquele grupo (Thiago Silva, Philippe Coutinho, Willian, Firmino etc.), e o time piora a cada amistoso. Isso sem falar da relação de promiscuidade e total submissão a Neymar e seu pai. E também da absurda história de nepotismo dele próprio, tornando o seu filho seu principal assessor na comissão técnica, sem que esse tenha currículo ou qualquer trabalho que o credencie. Em suma: já deu o que tinha que dar.
Marcel Rizzo
É justo (pensar na demissão), mas a questão é: a CBF está preparada para contratar um técnico estrangeiro? Depois do sucesso de Jorge Jesus e Sampaoli, haverá pressão para isso, e não há um nome brasileiro que seria consenso - nem mesmo Renato Gaúcho, que fez o Grêmio jogar um bom futebol nos últimos anos. Meu palpite é que a CBF, sem opção, manterá Tite até o limite.
André Rocha
Ainda não é momento para esse tipo de avaliação (demissão). Melhor observar o comportamento em competição e com um grupo mais completo. Ou seja, no início das Eliminatórias. Uma espécie de "benefício da dúvida", porque o desempenho nos amistosos depois da Copa América foi sofrível. Bem pior e mais preocupante do que os cinco jogos sem vitória.
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