Abel diz estar desolado após empate e nega proteção a T. Neves e medalhões
Resumo da notícia
- Cruzeiro tropeça em casa, mas rebaixa Avaí e joga Flu de volta para degola
- Equipe celeste teve mais posse, mas fez um jogo fraco e mal conseguindo ameaçar o adversário
- Abel Braga negou que esteja protegendo jogadores ao manter o time com atletas veteranos
- Técnico celeste mostrou bastante abatimento no semblante e nas palavras em sua entrevista
O técnico Abel Braga não escondeu sua frustração após mais uma igualdade do Cruzeiro no Brasileirão, desta vez empatando em 0 a 0 com o Avaí, no Mineirão. Mostrando abatimento na fisionomia e também nas palavras, o comandante celeste tentou responder duros questionamentos sobre outro jogo ruim do seu time. A primeira delas foi sobre estar protegendo jogadores tarimbados como Fred, Thiago Neves, Marquinhos Gabriel e Robinho, que costumam ser titulares, mas que estão colecionando atuações aquém da esperada.
"Não tem protecionismo, esses caras são os mesmos que deram o bicampeonato da Copa do Brasil ao clube. Não concordo com você, hoje nós estamos desolados. Não é o que esperávamos, nenhum de nós. Estamos pressionando bastante, mas não temos sido felizes. O Thiago é o único meia que temos e que entra na área, deu duas assistências boas no primeiro tempo, uma no segundo. Hoje nós arriscamos mais tempo com o Pedro Rocha em campo. Pelos cruzamentos que fizemos, arriscamos com o Fred e o Sassá jogando juntos também. Mas não adianta, a equipe deles foi superior. Jogando dessa maneira não seria a última. A entrega, é claro que é do resultado, mas a forma que jogaram é surpreendente. Mas enquanto tiver possibilidade eu tenho que acreditar. Não vou desacreditar nos meus jogadores. Nossa ideia era fazer sete pontos, agora esse empate nos obriga a tentar uma vitória contra o Santos antes de pegar o CSA", disse.
O que se viu no Mineirão foi uma partida com o Cruzeiro ficando com a bola em mais de 80% do tempo em alguns momentos. Mas a equipe celeste ameaçou pouco a meta do Avaí. O time catarinense explorou os contra-ataques e teve méritos para se defender bem, mas outra parcela grande do empate se deve à pobreza e falta de repertório no ataque celeste, sem inspiração nenhuma e se limitando a jogar bolas na área.
A frustração foi tanta que a saída da zona de rebaixamento ficou em segundo plano. Agora, o Cruzeiro tem 36 pontos e recolocou o Fluminense no Z-4, mas perdeu uma ótima oportunidade de abrir três pontos da degola. Para quem luta contra o rebaixamento, os três pontos contra o lanterna eram considerados obrigação.
"Senti muito esse resultado, fui tentar me recuperar um pouco antes de dizer para eles que eu acredito. Se estamos fora da zona hoje, isso se deve a eles. Nós saímos. É muito complicado, não seria tão ruim se tivesse tantos empates, menor invencibilidade, mas mais vitórias. Mas houve mérito do outro lado, com certeza, se o Avaí jogasse sempre assim não estaria na situação que está. Vamos tentar ver como vamos fazer", acrescentou.
Faltando cinco rodadas para o fim, o Cruzeiro sai de Belo Horizonte para fazer um jogo duro no próximo sábado, visitando o Santos na Vila Belmiro. Depois disso, terá um novo adversário direto, recebendo o CSA no Mineirão. A Raposa ainda fecha o Brasileirão com uma trinca de jogos complicados, diante de Vasco e Grêmio, fora de casa, e contra o Palmeiras na capital mineira.
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