Familiares de morto em incêndio protestam no CT do Flamengo: 'Não esqueçam'
O centro de treinamento do Flamengo amanheceu com uma faixa e um recado: "Boa sorte na Libertadores dia 23/11. Não se esqueçam dos nossos meninos do Ninho do Urubu". O singelo e silencioso protesto foi feito por familiares de Samuel Thomas Rosa, uma das 10 vítimas fatais do incêndio no alojamento das categorias de base, que aconteceu em fevereiro deste ano.
A ação acontece em uma semana que pode se tornar histórica para o Rubro-Negro, uma vez que pode ser campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro no próximo fim de semana. Paralelamente, crias do clube, como Reinier e Lázaro, brilham e ganham holofotes. Enquanto isso, famílias dos jovens mortos lutam para que a tragédia não caia no esquecimento.
"Tomei a liberdade de fazer essa manifestação em prol da lembrança dos meninos. O Samuel e o Christian [Esmério] fizeram parte de um projeto social que eu levo, o "Bom de bola", em São João de Meriti. Eles foram criados nesse projeto. A mãe do Jorge soube e pediu para eu incluir o nome dele também. Estamos aqui por todos eles. Esses meninos não chegaram aqui do nada, eles tiveram uma trajetória e a história deles não pode morrer com eles", disse Milton, tio de Samuel, que teve a companhia de Moisés e Caíque, irmão e primo do jovem, respectivamente.
Milton fez questão de apontar que movimentos pela recordação das vítimas não têm ligação com as negociações por indenizações e poderiam ser feitas pelo Rubro-Negro.
"Lembrar não custa nada. Uma homenagem pode ser feita. Não podemos esquecer desses meninos, temos de lutar por isso. Não é questão de dinheiro, indenização ou algo assim, é apenas a lembrança. Meu protesto é para que sejam lembrados", apontou ele, que indicou que pretende voltar ao Ninho do Urubu amanhã (19).
A notícia sobre o protesto dos familiares de Samuel foi publicada, primeiramente, pelo site "Globo Esporte" e confirmada pelo UOL Esporte.
Até o momento, o Flamengo fechou quatro acordos em 11 negociações. Dos casos finalizados há o aperto de mão com as famílias de Athila Paixão, de Gedson Santos, o Gedinho, de Vitor Isaias e com o pai de Rykelmo.
Com a mãe de Rykelmo, que acionou a Justiça, e com os familiares de Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Jorge Eduardo, Pablo Henrique e Samuel Thomas ainda não houve resolução. As defesas não estão sendo conduzidas de forma coletiva.
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