Magoado com técnicos brasileiros, Jesus tem chance de feito inédito no Fla
O técnico Jorge Jesus, após a vitória sobre o Grêmio, rebateu publicamente as críticas de outros treinadores, citou "mentes fechadas" e, entre elogios aos técnicos brasileiros, afirmou "não ser melhor e nem pior do que nenhum". Fora a subjetividade que "melhor" ou "pior" possa ter, o fato é que o português pode alcançar um feito histórico pelo Flamengo: ser campeão do Brasileiro e da Libertadores, algo nunca atingido por um estrangeiro no futebol verde-amarelo.
É apenas a terceira vez que um clube pode fazer essa dobradinha. Até hoje, apenas o Santos de Pelé conseguiu levar o Brasileiro e a Libertadores no mesmo ano, em 1962 e 1963, comandado pelo santista Lula. Nos títulos de times brasileiros na Libertadores, em nenhum deles estava, à beira do gramado, um técnico de fora do país. Desta forma, Jorge Jesus pode ser o primeiro a conquistar a América.
Já no que diz respeito a títulos brasileiros, o treinador rubro-negro pode entrar em um hall que contém apenas um nome: o argentino Carlos Volante.
Natural de Lanús, ele alcançou a façanha em 1959, quando comandou o Bahia e levou o time à conquista da Taça Brasil, posteriormente reconhecida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como equivalente ao Campeonato Brasileiro.
Ex-jogador, ele atuava no meio de campo e fez com que a posição passasse a ser chamada de volante. Como técnico, iniciou a trajetória no Internacional, passando pelo Vitória e, depois, assumindo o Bahia.
À época, ele ocupou a vaga deixada por Geninho (que não é o técnico campeão brasileiro pelo Athletico-PR), que saiu do Tricolor antes do jogo desempate com o Santos, que decidiria o campeão e aconteceu já em março de 1960 por conta de um imbróglio sobre o local onde o jogo seria realizado.
A curiosidade é que Volante também tem ligação com o Flamengo. Nos tempos de jogador, ele defendeu o Rubro-Negro e foi três vezes campeão do Carioca: 1939, 1942 e 1943. Na Gávea, inclusive, encerrou a carreira.
Jorge Jesus chegou ao Flamengo no meio deste ano, substituindo Abel Braga. No Rubro-Negro, está em meio à primeira experiência no Brasil e apenas na segunda fora de Portugal - treinou o Al-Hilal, da Arábia Saudita, no ano passado.
"Vamos esperar o que tenho feito sempre. Onde chego, apresento trabalho e revoluciono do ponto de vista de ter ideias diferentes. Vou apresentar meu trabalho que foi visto em duas das três maiores equipes de Portugal nos últimos dez anos. Quando cheguei ao Benfica, há tempo não ganhava nada e agora tem a hegemonia no país. É o que vim fazer no Flamengo", disse, em junho, durante coletiva de apresentação.
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