Excesso de jogo aéreo e três chutes a gol preocupam Cruzeiro fora da degola
Resumo da notícia
- Futebol ruim contra o Avaí deixou saída do Z-4 em segundo plano no Cruzeiro
- Equipe celeste levantou quase 70 bolas na área, mas terminou o jogo só com três finalizações
- Jogadores tarimbados como Thiago Neves e Marquinhos Gabriel estiveram em baixa mais uma vez
- Ao deixar vitória escapar, Cruzeiro muda meta e terá que buscar vencer o Santos na Vila
Ao empatar em 0 a 0 com o Avaí, no Mineirão, o Cruzeiro deixou a zona de rebaixamento e jogou de volta o Fluminense para a degola. Mas o alívio por não seguir na degola foi pouco lembrado se comparado com a frustração pelo péssimo resultado diante da torcida. Pior que o empate foi a maneira como o time se comportou em campo, ameaçando a meta adversária pouquíssimas vezes e apresentando um repertório muito pobre, além de limitado às jogadas aéreas.
O Avaí jogou no contra-ataque e se defendeu bem, impedindo as jogadas do Cruzeiro principalmente pelo meio. Mas com os jogadores e as opções no banco que tinha, Abel Braga não viu sua equipe ser inoperante durante praticamente todo o jogo. Thiago Neves e Marquinhos Gabriel se destacaram negativamente, principalmente o segundo, que sequer voltou para o segundo tempo. No lado esquerdo, David repetiu suas últimas atuações, participativo e se entregando bastante, mas com poucos lances efetivos. Sem conseguir penetração pelo meio, a equipe se resumiu a utilizar os lados para lançar as bolas na área, a maioria delas sem sucesso.
Os números ajudam a explicar porque a insatisfação do torcedor foi além do empate. O Cruzeiro levantou 51 bolas na área, buscando principalmente Sassá, que não conseguia receber a bola por terra. As oportunidades também ocorreram nos escanteios, sem a pressão da marcação rival. Foram 17 tiros de canto. Números quase opostos às chances criadas. Em 90 minutos, o Cruzeiro finalizou três vezes ao gol. A chance mais clara aconteceu com Thiago Neves, cabeceando muito próximo à trave, o que só aconteceu no abafa dos últimos minutos. Além da falta de inspiração para construir boas jogadas, outro motivo para a torcida manifestar seu descontentamento é com a frequência que essas atuações ruins andam acontecendo. No jogo anterior, Cruzeiro e Atlético-MG protagonizaram um dos piores clássicos dos últimos anos.
Por fim, a saída da degola também ficou camuflada pela ótima oportunidade perdida de respirar um pouco mais aliviado. A partida contra o Avaí era tratada pelo próprio Abel como jogo de 'matar ou morrer'. Sem a vitória, a Raposa se vê na necessidade de buscar os três pontos nos próximos dois jogos, sendo que um é contra o Santos, na Vila, e o outro diante do CSA, em casa. Fechando o Brasileirão, o Cruzeiro ainda terá uma trinca de partidas complicadas, contra Vasco e Grêmio, fora de casa, e diante do Palmeiras, em Belo Horizonte.
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