Nem todos torcerão contra River e a favor do Fla em escolinha do Boca no RJ
Resumo da notícia
- O Boca Juniors tem um projeto de sucesso de escolinhas no Brasil. São 47 unidades por todo o país
- No Rio de Janeiro, a unidade de Jacarepaguá já vive o clima da final da Libertadores, mas nem todos torcerão contra o River Plate
- Alguns alunos da equipe sub-9 admitiram que irão secar o Flamengo. São três vascaínos e um tricolor
- Curiosamente, o River Plate - maior rival do Boca - não possui escolinhas no Brasil
Considerada por muitos a maior rivalidade do futebol mundial, Boca Juniors e River Plate são como água e óleo na Argentina. Aqui no Brasil, porém, esse clássico possui um sentimento mais flexível quando se coloca em questão a final da Copa Libertadores deste sábado (23) em Lima (PER).
Situada no bairro de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, a escolinha oficial do Boca não tem um sentimento de unanimidade quando o assunto é secar o River Plate na decisão contra o Flamengo.
O UOL Esporte esteve no treinamento da equipe sub-9 na última terça-feira (19) e constatou que, entre os 13 alunos que estavam presentes, há três vascaínos e um tricolor que irão torcer para o River, mesmo vestindo as cores do Boca. E eles não estão preocupados se os colegas de time ficarão chateados com a escolha.
"Só porque eles são Flamengo? Não tem problema", disse o pequeno vascaíno Lucas.
Apesar de serem crianças, os alunos da escolinha já conhecem bem a rivalidade entre Boca Juniors e River Plate.
"Com esta idade eles já acompanham bem. Além disso, os pais sabem da rivalidade que existe e costumam passar isso para os filhos", disse o treinador Cauê Mattos Rodrigues.
Coordenador da base do Boca vem 1 vez ao ano no Brasil
O projeto de escolinhas do Boca Juniors no Brasil já pode ser considerado um sucesso. São 47 unidades espalhadas por todas as regiões do país. Além disso, há franquias também por Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Coreia do Sul, El Salvador, Kuwait, Canadá e Indonésia.
No segundo semestre de cada ano, o coordenador da base, Eduardo Espona, vem ao Brasil fazer avaliações sobre possíveis talentos para o clube e também para averiguar se a metodologia técnica e tática do Boca está sendo implementada nas unidades. Em 2019, as inspeções foram feitas entre agosto e setembro.
O relacionamento entre as escolinhas e os pais dos alunos são feitos via aplicativo por celular, onde são detalhados os horários de treinamentos, torneios e demais informações.
"O modelo de negócio das franquias do Boca Juniors é muito mais organizado que dos clubes aqui do Rio de Janeiro. Apesar de ser mais caro, é um exemplo para os clubes daqui", disse o treinador Cauê.
Somente na unidade de Jacarepaguá - inaugurada há apenas um mês - a escolinha do Boca Juniors já possui cerca de 40 alunos, entre as equipes sub-5, sub-7, sub-9, sub-11, sub-13, sub-15 e sub-17.
Curiosamente, o River Plate, maior rival do Boca Juniors, não possui escolinhas no Brasil.
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