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1ª final única da Libertadores tem ares de festa americana e tempero local

Leo Burlá e Rodrigo Mattos

Do UOL, em Lima

23/11/2019 19h15

A primeira final única da história da Copa Libertadores, entre Flamengo e River Plate, em Lima, no Peru, foi uma experiência com cara de festa americana, mas com um tempero local que nem mesmo essa tentativa de padronizar o evento foi capaz de eliminar.

Uma ação promocional levou personagens da série Star Wars para o campo antes de a bola rolar, e a entrada dos "Stormtroppers" sugeria que havia ali algo mais parecido com o Super Bowl ou algo do gênero.

Longe de toda a parafernália montada no gramado, que contou com apresentações de artistas como Anitta, um grupo tentava "salvar" o ônibus do River Plate, que bateu e entalou no acesso ao vestiário. Os shows que antecederam o espetáculo também foram uma importação.

O famoso clima de caldeirão que marca os estádios sul-americanos não foi uma constante durante os 90 minutos de partida. Estranhamente, o Monumental de Lima ficou mergulhado em silêncio em vários momentos da decisão. Quando o jogo foi se encaminhando para sua fase mais decisiva, evidentemente a temperatura subiu, explodindo após o gol da vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o River Plate.

Ainda que tenha havido toda uma tentativa de tornar a atmosfera mais similar a de competições como a Copa do Mundo, havia lanches com a assinatura local nas barraquinhas. Antes do perímetro de segurança, ambulantes e cambistas circulavam tranquilamente sem serem incomodados pelos policiais.

O anel de diamante negro conferido ao melhor jogador da Libertadores também foi uma apropriação, já que os campeões da NBA levam essa mesma honraria para marcar o título.

No fim, a vitória emocionante do Flamengo sobre o River tornou a primeira final única algo histórico. Os detalhes ficaram em segundo plano.