L. Roberto cita desconforto ao substituir Galvão e detalha visita a locutor
Sai o "haja coração", entra o "sabe de quem?". Com a cirurgia de emergência de Galvão Bueno, que teve de ser submetido a um cateterismo dias antes da final de hoje (23) entre Flamengo e River Plate, às 17h, no Monumental de Lima, coube ao narrador Luis Roberto a missão de narrar o mais importante jogo do Rubro-Negro nos últimos 38 anos.
O profissional, que estaria de folga na sexta-feira, fez as malas rumo à capital peruana com um sentimento de desconforto ao ter de substituir o principal narrador da Globo. A apreensão, no entanto, deu lugar ao alívio quando Luís visitou o amigo, que está internado no Hospital Anglo-Americano. Na véspera da decisão, o encontro o tranquilizou.
"Fui lá, mas ele estava dormindo. Bateu o sono de manhã porque tomou um remédio, e falei que não ia acordar ele. Fiquei uma hora e meia por lá. É uma situação desconfortável substituir um colega por problema de saúde. E ainda mais um problema desse, não é uma questão de filho doente. Falo para ele, para a Desirée (sua mulher), que é o Galvão do Brasil. É o nosso Galvão. Mas quando cheguei e vi que ele estava melhor, fiquei mais aliviado", disse ele ao UOL Esporte.
Substituições em cima da hora são mais comuns do que podem parecer nas transmissões no futebol, mas o caso ganhou repercussão por se tratar da grande decisão. Luis Roberto diz entender a responsabilidade de colocar a voz em uma partida que tem ares de eterna. Antes de a bola rolar, as horas do narrador são dedicadas a muito estudo.
"A gente tem um raio-x do que os times fazem. Se andarem tudo no lugar certo, temos uma previsão do que vai acontecer no jogo. Nacho (Fernández, do River) é um jogadoraço, Everton Ribeiro também é um jogadoraço, e Gabigol e Bruno Henrique estão jogando demais. Final única tem componentes únicos. Na final da Champions, o Liverpool perdeu o Salah com poucos minutos e o goleiro tomou um frango. Mas sinto que os times estão muito inteiros. É muito legal. É um marco, porque é inédita essa final única", analisou ele.
"A voz" da finalíssima sul-americana disse ter recebido muito carinho quando a notícia de que assumiria o microfone foi divulgada. Em tempo de intolerância nas redes sociais, ele disse ter recebido um conforto importante para encarar a missão: "Teve muita gente me procurando. Nas redes sociais houve muito comentário de forma muito parecida. Não consigo ler tudo, mas a maioria desejando boa sorte. Em uma situação dessa, teve um momento de conforto de ouvir isso".
Às 17h, milhões de televisões no Brasil estarão sintonizadas para acompanhar a finalíssima que pode dar o bicampeonato continental ao Flamengo. Sabe com quem? Luis Roberto.
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