Topo

Cruzeiro

Perrella diz usar remédio para dormir e quer mudar concentração do Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

25/11/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Zezé Perrella diz que usa medicamento ansiolítico para dormir por causa da pressão no cargo que ocupa na Toca da Raposa II
  • Dirigente conta que fez um sacrifício para substituir Itair Machado, ex-vice de futebol. Família era contrária à volta ao futebol do clube mineiro
  • Preocupado com a pressão sobre o grupo do Cruzeiro, Zezé Perrella quer antecipar a viagem para o jogo contra o Vasco, pela 36ª rodada do Brasileiro

Gestor do Cruzeiro desde a saída de Itair Machado, em outubro passado, Zezé Perrella não se arrepende de assumir o clube. No entanto, revela que está fazendo um sacrifício por estar no atual cargo. O dirigente, inclusive, diz que tem usado remédio para dormir recentemente e fala também sobre o desejo de antecipar a concentração para enfrentar o Vasco, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro 2019.

Ele se sente pressionado na função atual. Tem consumido um medicamento ansiolítico para ajudar com o sono e conta como os familiares se sentiram quando ele se tornou gestor do clube, no início do mês passado.

"O futebol, do jeito que está caminhando, não vai achar dirigente para assumir time. As pessoas acham que podem te agredir da forma que querem. Estou dormindo à base de remédio. O torcedor não sabe o que a gente faz. Eu escuto nas redes sociais que não vou à sede, não vou à Toca. Estou trabalhando 24 horas, conversando com cada jogador. Estou notando que a confiança está minada diante de tanta pressão", declarou.

"Ninguém suporta isso. Se o pior acontecer, eu vou sair do jeito que entrei. Eu assumi uma posição de alto risco, poucas pessoas têm essa coragem. A minha família mesmo disse que estava tomando uma atitude de maluco. Eu faço esse sacrifício", acrescentou.

A pressão no cargo não foi o único assunto abordado por Zezé Perrella. O dirigente falou também sobre o planejamento para o jogo contra o Vasco, marcado para 2 de dezembro, no estádio São Januário. O gestor pretende antecipar a viagem ao Rio de Janeiro para aumentar o tempo de concentração do grupo.

"Estou pensando em levar o time para o Rio após o jogo contra o CSA e deixá-los concentrados em um hotel até o jogo contra o Vasco. Não é fugir de BH, mas para tirar o clima. Faço um apelo à torcida do Cruzeiro. Sou tão cruzeirense quanto qualquer torcedor. Ameaçando jogador, não vamos conseguir sair da situação. Peço a eles para dar um voto de confiança para a diretoria, precisamos de ajuda", concluiu.

Cruzeiro