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Às vésperas das decisões, Cruzeiro vive pior momento ofensivo desde 2007

Média de 0,79 gol por partida é a pior do Cruzeiro desde que os pontos corridos são disputados com 20 equipes - Moisés Silva/Light Press/Estadão Conteúdo
Média de 0,79 gol por partida é a pior do Cruzeiro desde que os pontos corridos são disputados com 20 equipes Imagem: Moisés Silva/Light Press/Estadão Conteúdo

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

27/11/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Ataque do Cruzeiro é o pior desde 2007, quando o os pontos corridos passaram a ser disputados com 20 times
  • Atual média celeste é de 0,79 gol por jogo; clube detém o terceiro pior ataque na tabela do Brasileirão
  • Má fase de atacantes e meias como Fred, Thiago Neves e David contribuiu para seca de gols
  • Com atacantes ou não, time terá que melhorar os números nos últimos quatro jogos para escapar da degola

De volta à zona do rebaixamento do Brasileirão, o Cruzeiro precisa melhorar urgentemente seu desempenho em campo se não quiser passar a temporada que vem jogando na segunda divisão. Para isso, terá que resolver um problema grave de não fazer gols. No momento em que a equipe mais precisa da bola na rede, a Raposa encara sua pior fase em mais de uma década. Desde 2007, quando o Brasileirão passou a ser disputado com 20 equipes, o time mineiro nunca teve uma média tão baixa de gols marcados.

Com apenas 27 gols em 34 partidas disputadas, o Cruzeiro tem o terceiro pior ataque do campeonato, atrás somente do CSA (21), próximo adversário, e do Avaí (16), lanterna e já rebaixado. A atual média de 0,79 gol por jogo é inferior ao ano passado, quando o time terminou o campeonato com 34 gols marcados nos 38 jogos realizados. Em 2011, ano que o clube só escapou da degola na última rodada, a média celeste foi de 1,26 gol por compromisso.

A baixa produtividade do ataque já era notada com os antecessores Mano Menezes e Rogério Ceni, mas continuou com Abel Braga. Quando Abel assumiu a equipe, o Cruzeiro tinha 17 gols. Nos 13 jogos seguintes, o treinador só viu sua equipe marcar em dez oportunidades. E isso tem custado pontos importantes. A última vitória celeste foi há quase um mês, e o time só balançou as redes duas vezes nos últimos cinco jogos.

O nervosismo e ansiedade têm uma parcela de culpa nos números ruins do ataque. Mas eles são acompanhados também pelo péssimo momento dos meias e atacantes. Fred não marca com a bola rolando desde o final de agosto. Com Abel Braga, o camisa 9 só marcou duas vezes (ambas de pênalti), um a mais que Thiago Neves e Sassá. Por mais de uma vez, o time precisou ser salvo por atletas de outros setores, que estão desempenhando bons papeis na defesa e ajudam como podem na hora de atacar. Dedé e Cacá já marcaram uma vez, enquanto Éderson e Orejuela fizeram dois gols.

Para a partida de amanhã, contra o CSA, qualquer resultado diferente da vitória será considerado catastrófico para o Cruzeiro na luta contra o rebaixamento. Para isso, o ataque precisa voltar a funcionar, independente de quem faça o gol. O que não pode se repetir é o baixíssimo repertório na hora de criar as jogadas. Foi assim que a equipe amargou empates muito ruins contra o rival Atlético-MG e principalmente contra o Avaí, ambos no Mineirão.

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