Por que mãe de Gabigol devolveu suas cadeiras cativas na Vila Belmiro
A terça-feira (26) parecia comum na secretaria social da Vila Belmiro. Entre um atendimento e outro, uma senhora de rosto familiar entrou na sala. Ela sentou nas cadeiras e aguardou pacientemente a sua vez chegar. A mulher se chama Lindalva Barbosa, mãe de Gabigol, revelado pelo Santos e atualmente no Flamengo.
Ao ser chamada, Lindalva, que até então não havia sido reconhecida, disse para a atendente o que motivava a ida dela ao local. "Queria devolver quatro cadeiras cativas: duas do meu filho, uma minha e uma do meu marido". Como resposta, ela ouviu que não poderia realizar tal ação sem a presença do titular, procedimento padrão do Santos. Foi aí que ela explicou tudo...
O filho não podia estar presente, ocupado demais comemorando títulos com o Flamengo, campeão da Libertadores e do Brasileirão, um tal de Gabigol. O Peixe, é claro, resolveu a situação. Lindalva ainda explicou, emocionada, o porquê da decisão: ela queria retribuir como podia o carinho recebido do clube que tanto amam.
O atacante já declarou várias vezes ser santista desde criança e sua mãe chegou a 'invadir' a coletiva de despedida de Gabigol do Peixe, quando o Menino da Vila foi vendido para a Inter de Milão (ITA) para agradecer ao clube pelas oportunidades dadas ao filho.
O gesto é representativo não somente pela devolução de um patrimônio ao clube, mas pelo que representam as cadeiras cativas para o Santos: o maior problema para conseguir lotar a Vila Belmiro. As cativas somam mais de 4 mil lugares do estádio e quase nunca ficam totalmente lotadas.
O Peixe vem criando mecanismos para recuperar as cadeiras inadimplentes, que não era o caso das cativas de Gabigol. O clube não vende mais assentos e, neste ano, implementou um sistema de liberação da cadeira caso o proprietário não confirme presença no estádio.
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