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Mano insinua cobrança forte no vestiário após revés e vê Palmeiras abatido

Do UOL, em São Paulo

28/11/2019 22h45

Mano Menezes evitou entrar em detalhes, mas deu a entender que a cobrança no vestiário do Palmeiras foi forte após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense nesta quinta-feira (28), no Maracanã.

O comandante demorou mais do que o normal para conceder a sua entrevista coletiva e até mesmo o presidente Maurício Galiotte e o diretor Alexandre Mattos participaram das conversas com o grupo.

"O tom da conversa foi, sim, de uma cobrança nossa. Mas o vestiário é sagrado do treinador. Lá estava o treinador, com seu presidente, o diretor executivo de futebol e todo mundo que trabalha no futebol. Nós fizemos o que achamos que tinha que ser feito esta noite", afirmou Mano.

Sem ganhar há quatro jogos, o técnico evitou colocar pressão no próximo jogo dos palmeirenses, contra o Flamengo, no próximo domingo, no Allianz Parque. Ele afirmou que o time precisa deixar de lado o abatimento que atingiu os atletas após a perda do título do Brasileiro.

"É bem provável que, pelo distanciamento do título, a equipe caiu um pouco. A partir de um momento do segundo turno em que a distância ficou grande, devido ao nosso excesso de empates e pela grande performance do Flamengo, para quem sempre está acostumado a disputar o título, como o Palmeiras está, isso pode produzir um sentimento de um abatimento. E esse abatimento torna o jogo um pouco diferente de quando você está disputando o título. Algumas coisas começam a escapar. Vejo isso como algo que acontece com todas as equipes, está acontecendo com o Palmeiras neste momento. Quatro jogos já são muitos para ficar sem ganhar considerando a qualidade do elenco e time", completou.

O treinador ainda confirmou, como havia mostrado o UOL Esporte, que precisou poupar alguns de seus atletas pelo pouco tempo de recuperação entre o jogo de hoje e o de domingo, por conta do desgaste de final de temporada.

"Todos os times estão tirando alguns jogadores nesta semana. O nosso adversário de domingo tirou e nós também. Para alguns jogadores de fim de temporada, a recuperação de hoje para domingo é curta. Certamente, não fariam um ou outro jogo bem", finalizou.

Veja mais respostas de Mano Menezes

Desempenho contra o Fluminense

A equipe fez um primeiro tempo ruim e um segundo tempo bem melhor. EM função desse primeiro tempo ruim, sofremos o gol. O que se viu no segundo tempo vocês acompanharam, o adversário não queria mais que o ritmo seguisse normalmente, o árbitro deixou que as coisas acontecessem, deu apenas quatro minutos. Mas não temos que reclamar disso.

Poupou pensando no Flamengo?

É importante ressaltar que as duas equipes pouparam, então as duas têm preocupação. O Flamengo também tem, se não, não pouparia ou não preservaria. O jogo é um jogo emblemático, claro que é. Vamos jogar com o campeão do Brasileiro e da Libertadores, na nossa casa. Temos condições de mostrar mais coisas do primeiro turno, a rivalidade que estabelece, a corneta na hora do título. Nós vamos preparar a equipe para fazer um grande jogo na nossa casa e vamos trabalhar muito para tentar vencer.

Artur vestindo a camisa do Flamengo

Hoje, o Artur é jogador do Bahia. Então, se alguém tiver que pensar alguma coisa, é o Roger. Quando ele estiver no Palmeiras, eu falarei com ele sobre o que penso sobre atitude, comportamento. O torcedor fica sempre muito chateado com essas coisas, os jogadores têm que ter noção das imagens e postagem. O torcedor fica marcado. Então ele gosta de ver um jogador seu que vista a camisa.

Nível da reformulação do elenco

Eu sempre falo que o futebol é como é. A exigência que se tinha no futebol brasileiro era uma. E, para essa exigência, o Palmeiras estava muito bem preparado, assim como algumas equipes. Isso proporcionou dois títulos brasileiros e uma segunda colocação em um deles. O parâmetro mudou, o Flamengo estabeleceu um novo parâmetro. A exigência subiu e temos que fazer a leitura correta, para nos preparar para enfrentar o adversário mais preparado. O torcedor passa a querer um outro futebol, a mídia trabalha em cima de outro futebol. Se cria uma ideia que nós temos que preparar para atender, se não vamos ter críticas, vai haver frustração e não vai ter sequência. Essa é a nossa realidade. O clube vai acenar com as mudanças objetivamente e a partir disso a gente encontra a medida certa para fazer o que precisamos fazer.

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