Presidente fala em questões pessoais para saída de vice de futebol do Inter
O presidente do Inter, Marcelo Medeiros, concedeu entrevista coletiva para explicar a saída do vice de futebol Roberto Melo e do diretor de futebol Adauri Silveira, oficializadas na tarde de hoje. O mandatário relatou chateação após o resultado de ontem (derrota para o Goiás) e falou em questões pessoais para a saída.
"Eu tive o privilégio de ser vice de futebol e diretor de futebol antes de chegar à condição de presidente do Inter. Uma vez, um treinador me disse que ser vice de futebol do Inter era uma atividade extremamente difícil. É uma atividade desgastante e exige determinação, não apenas da pessoa, mas familiar. Uma condição profissional que permita se dedicar, não é remunerado... O Roberto esteve à frente do departamento por três anos. Nós agradecemos a ele e o Adauri. Nessa caminhada, há dois meses disputávamos o título da Copa do Brasil. Depois disso, entramos num processo que não conseguimos manter o ritmo e o desempenho. A pressão, óbvio, inerente ao cargo, aumentou. E depois do resultado de ontem, muito chateado, ele conversou comigo no início da tarde, tomou essa decisão e nós entendemos e acatamos", explicou Medeiros.
Rodrigo Caetano seguirá no comando do departamento de futebol. Apenas em 2020 é que um novo vice de futebol será nomeado, já que se trata de um cargo estatutário e que precisa ser ocupado.
"Não entrei no mérito sobre a decisão dele. É algo de foro íntimo. Três anos nesta gestão, e vocês (imprensa) têm o convívio com ele, em coletiva... Tivemos muita turbulência em 2017, cobrança da torcida, pressão, cobrança da mídia. O Odair, quando foi oficializado, também sofreu isso. Agora, o Roberto, é algo de foro íntimo, qual o tipo de chateação que ele teve, não sei. Acho que ele, oportunamente, falará com vocês", completou Medeiros.
O Colorado espera que as trocas não interfiram no processo de montagem de elenco para a temporada que vem.
"Trocam as pessoas, mas o trabalho continua. O trabalho não é feito apenas pelas pessoas que saíram, mas principalmente por profissionais. O Inter tem uma área de prospecção, avaliação, que é feita por profissionais sempre atentos ao mercado, de análise, em conjunto com a comissão técnica permanente. Pessoas do departamento de futebol, profissionais, trabalham com isso. Até ontem, o coordenador, o mais graduado, era o vice. Mas todos os movimentos são feitos, no que diz respeito ao futebol, com participação do Caetano (executivo de futebol). Mudam as pessoas, o trabalho é o mesmo", explicou.
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