Urgência por 'choque no elenco' fez Cruzeiro mudar discurso sobre técnico
Resumo da notícia
- Com Abel, Perrella sustentou discurso de que não teria como mudar técnico neste fim de ano
- Mesmo com pouquíssimo tempo, diretoria preferiu apostar em Adilson para criar algo novo
- Novo técnico terá nove dias e três jogos para tentar tirar algo a mais do elenco
- Adilson terá apenas sábado e domingo para treinar equipe antes do primeiro jogo
Apresentado na tarde de ontem (29), Adilson Batista é o quarto técnico do Cruzeiro em 2019. Faltando três jogos para o fim da temporada, ele assinou contrato até dezembro de 2020, independente de conseguir ou não salvar a equipe de um inédito rebaixamento. Sem ver o time render com Abel Braga, a diretoria celeste foi obrigada a abandonar o discurso de que ficaria com o treinador até o fim do Brasileirão e de que não adiantaria nada trocar o comando técnico. Insatisfeita com a mesmice dos últimos jogos, a cúpula aposta agora em uma última injeção de ânimo para buscar as vitórias que a Raposa precisa.
Nos últimos cinco jogos com Abel Braga, o Cruzeiro marcou apenas um gol, aumentando a pressão em cima do treinador. Na semana passada, depois da goleada sofrida para o Santos, Zezé Perrella reforçou que Abel seguiria na equipe. Apesar de insatisfeito com os inúmeros empates, o gestor de futebol justificou que não havia nem mais tempo para buscar um novo nome naquela altura do campeonato. Mas a derrota por 1 a 0 para o CSA acabou sendo a gota d'água. Sem ver nada de novo jogo após o jogo, Zezé chegou a conclusão que é preciso dar um choque no elenco. A última tentativa para evitar o pior no fim da temporada.
"Vejam como são as coisas. Quando o Ceará mandou o Adilson embora, comentei com meus amigos, 'como tem coragem de mandar treinador embora faltando quatro rodadas'. Mas eu acabei fazendo o mesmo. A chance de o Adilson dar a volta por cima é salvando o Cruzeiro, é um desafio grande. É um sacrifício. Espero que a gente possa causar um choque", disse Perrella, ao anunciar Adilson como novo técnico.
Com Abel, o time fez 14 jogos. Apesar de ter ficado 11 partidas sem perder, o Cruzeiro não evoluiu. Além dos vários empates (oito sob o comando do treinador), os comandados de Abel apresentaram o mesmo futebol na maioria das partidas, com baixo repertório que o impossibilitou de somar mais pontos.
O problema agora passa a ser como Adilson poderá mudar o Cruzeiro para melhor em tão pouco tempo. O primeiro compromisso é contra o Vasco, na segunda (2). Hoje, a delegação celeste já viaja para o Rio de Janeiro, onde fará um último treinamento antes do jogo.
Com tão pouco tempo, o 'choque' de Adilson deverá se resumir a algumas conversas e poucas trocas no time. Do Rio, a delegação viaja para o Sul do país para enfrentar o Grêmio, na quinta. Por fim, retorna a Belo Horizonte somente na sexta-feira, mas correndo o risco de reencontrar a torcida diante do Palmeiras, precisando de um milagre para ficar na Série A ou até mesmo com um eventual rebaixamento já decretado.
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