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Vai além da rivalidade: por que Palmeiras quer muito vencer o Flamengo?

Mano Menezes e Alexandre Mattos estão no centro da crise no Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Mano Menezes e Alexandre Mattos estão no centro da crise no Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

01/12/2019 04h00

O Palmeiras enfrenta o Flamengo neste domingo (1), às 16h, no Allianz Parque, com praticamente a obrigação de vencer para não ver a turbulência que já existe nos bastidores aumentar ainda mais. Não foi à toa que os jogadores ouviram uma cobrança bem forte, durante uma hora, no vestiário do Maracanã após a derrota para o Fluminense, pelo Brasileirão.

Desde a entrevista coletiva após a derrota pro Grêmio, há uma semana, o técnico Mano Menezes já projetava um duelo "emblemático" contra o agora campeão. Mas, se a disputa pelo título já acabou, e os dois clubes já têm definidos seus panoramas pra 2019 já classificados pra Libertadores, por que o time alviverde ainda trata o jogo com tanta seriedade?

O que move tanto acirramento não é nem a rivalidade que se proliferou, mas sim a busca de paz dos palmeirenses após semanas de frustrações, e uma vitória marcante pode ajudar a "sair a fumaça" para o planejamento da próxima temporada.

A equipe alviverde vem de uma sequência de quatro jogos sem vencer e convive diariamente com pedidos pelas saídas de Mano Menezes e Alexandre Mattos no clube, nas arquibancadas e nas redes sociais.

Para o jogo deste domingo, o comandante escalará força máxima após poupar alguns atletas na quinta-feira contra o Fluminense. O treinador afirmou que o tempo de recuperação entre um jogo e outro é pequeno considerando que o elenco está em final de temporada.

Outro alvo de protestos, o presidente Maurício Galiotte é o único que tem a certeza de sua permanência. Eleito pelos conselheiros para o mandato até 2020, ele não considera a possibilidade de sair e, por enquanto, banca que manterá Mano e Mattos para a próxima temporada.

Os dois participam ativamente para a reformulação planejada para o ano que vem e uma saída a essa altura do campeonato pode comprometer o que tem sido feito até agora. Mais de dez jogadores podem sair e a base será muito mais utilizada.

Galiotte começa a ouvir cada vez mais pedidos pela saída do diretor de futebol. Já há os conselheiros que tentam ser mais ativos no meio da crise e procuram possíveis substitutos para mostrar ao presidente que há uma alternativa.

O excelente nível de desempenho do Flamengo, inclusive, só aumenta a pressão em cima do comando palmeirense. Mano, inclusive, admitiu que o time de Jorge Jesus mudou os parâmetros para todos os times brasileiros trabalharem a partir de agora.

"A exigência que se tinha no futebol brasileiro era uma. E, para essa exigência, o Palmeiras estava muito bem preparado, assim como algumas equipes. Isso proporcionou dois títulos brasileiros e uma segunda colocação em um deles. O parâmetro mudou, o Flamengo estabeleceu um novo. A exigência subiu e temos que fazer a leitura correta, para nos preparar para enfrentar o adversário mais preparado. O torcedor passa a querer um outro futebol, a mídia trabalha em cima de outro futebol. Se cria uma ideia que nós temos que preparar para atender, se não vamos ter críticas, vai haver frustração e não vai ter sequência. Essa é a nossa realidade", afirmou o técnico.

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